Lideranças do PMDB do Grande ABC aproveitarão agenda do vice-presidente da República e comandante nacional licenciado do partido, Michel Temer, em São Paulo para despachar demandas regionais. O cacique participará de ato, às 9h, num hotel, organizado pelo deputado federal Gabriel Chalita (PDB-SP), pré-candidato à prefeitura da Capital. Os mais interessados são peemedebistas de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.

No território andreense, o mais interessado em falar com Temer é o secretário de Gabinete, Nilson Bonome. O partido ainda não definiu qual postura irá tomar na eleição de 2012, apesar de Bonome e a legenda estarem ao lado do prefeito Aidan Ravin (PTB) desde o início do mandato.

Em São Bernardo, o vereador Tunico Vieira deve procurar o vice-presidente para ratificar o desejo de lançar candidatura própria ao Paço no ano que vem. O partido tem crescido na cidade e, inclusive, filiou o secretário de Comunicação, Edmar Luz de Almeida. O que coloca a sigla mais próxima de trabalhar pela reeleição do prefeito Luiz Marinho (PT). Neste caso, restaria ao PMDB brigar pela vaga de vice, que estará aberta, pois o dono do posto, Frank Aguiar (PTB), diz que deixará a política.

Pelos lados de São Caetano, há imbróglio jurídico. A executiva estadual dissolveu a municipal em abril. Mas, por liminar concedida pela Justiça, a direção antiga retomou o comando do partido após cinco meses. Nesse período, o vereador Paulo Pinheiro assinou ficha de filiação para concorrer ao Palácio da Cerâmica. Mas, o diretório atual, ligado ao prefeito José Auricchio Júnior (PTB), anulou os atos feitos pelo anterior, que atuou de abril a setembro.

Michel Temer deve dar diretriz para a situação. Pode intervir novamente no PMDB de São Caetano ou continuar a briga na Justiça. O fato é que as duas correntes não se entendem e que Paulo Pinheiro tem de ultrapassar esse obstáculo para concretizar a candidatura a prefeito.

Em Diadema, a intenção dos peemedebistas é fortalecer o nome da vereadora Cida Ferreira para que ela seja a vice na chapa de reeleição de Mário Reali (PT) ao Paço. Militantes petistas rejeitam o nome da parlamentar. Michel Temer pode intervir diretamente para forçar a indicação.