Para o general, as “provas” apresentadas por Powell foram um show apenas para a população americana, na qual não faltaram nem efeitos especiais. Ele ressaltou que o Iraque não tem armas nucleares e que tentará rebater todas as acusações feitas contra seu país em uma carta detalhada à ONU.

Al-Saadi disse que o chefe de inspetores da ONU, Hans Blix, não considerou falsa a declaração do governo iraquiano sobre o desarmamento pedido pelos Estados Unidos e pelas Nações Unidas. Desta forma, o general alega que as ‘provas’ apresentadas por Powell, com gravações telefônicas e fotos de satélites de supostas fábricas móveis de armas nucleares não correspondem à real situação do Iraque.

O conselheiro é a favor de esperar mais tempo de inspeções, e diz acreditar que os inspetores da ONU estarão satisfeitos no final da missão e convencidos de que o Iraque não possui armas de destruição em massa.

Al-Saadi explicou que o tempo seria curto para tentar rebater cada ponto levantado por Powell, mas se comprometeu a detalhar da melhor forma possível as razões pelas quais os Estados Unidos não devem atacar Bagdá.

Al-Saadi disse que leva tempo demonstrar ao Conselho de Segurança da ONU que o Iraque está desarmado, mas não significa que isso não acontecerá. O general disse que, apesar de Powell ter considerado que o relatório de 12 mil páginas elaborado pelo diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El-Baradei, não trouxe nenhuma novidade, essa questão não tem a ver com a acusação do secretário de que Bagdá seja uma ameaça.