O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, disse nesta quarta-feira que não concordará "em hipótese alguma" com a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo que prevê a taxação dos servidores inativos que recebem mais de R$ 1.058. Segundo ele, "taxar os aposentados que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil é injusto".

Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira, Felício defendeu que a contribuição dos inativos fosse aplicada somente a rendimentos superiores a R$ 4,8 mil (ou 20 salários mínimos), patamar de aposentadoria que, segundo ele, "está fora da realidade brasileira".

Ele garantiu que tentará negociar com os deputados a revisão desse ponto do projeto. De acordo com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, o texto sobre as alterações no sistema previdenciário brasileiro será encaminhado ao Congresso até a próxima semana.