Às vésperas das festas de fim de ano, casal em idade avançada toma a decisão de levar mala, cuia e manias para a casa de um de seus filhos. Nenhum deles manifesta vontade de acolher os pais. Ingratidão ou, numa leitura cínica, prevenção. Começam ataques e contra-ataques, tudo em família. Roupa suja lavada em casa, com água e chacotas.
O verniz da família em férias é de pequena burguesia, já os modos se aproximam do clã de Feios, Sujos e Malvados, de Scola. Com Parente É Serpente, Monicelli fica no meio-termo desse subgênero de comédias consangüíneas, visitado por mordidas cirúrgicas como as de Carlos Saura em Mamãe Faz 100 Anos, pelo iniciático Dogma-95 de Thomas Vintenberg (Festa de Família) e pela então diretora estreante Jodie Foster em seu higiênico Feriados em Família.
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