Quando o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), avisou aos vereadores da base de sustentação que queria ver Estevão Camolesi (PSDB) como presidente da Câmara, a indicação desagradou e foi goela abaixo dos situacionistas. Muitos previam que haveria conflito entre os parlamentares e o tucano. E o clima de guerra fria está instalado. As decisões isoladas de Camolesi, sem nem consultar a mesa diretora, têm causado muita insatisfação. Na sessão de quarta-feira, Roberto Palhinha (Avante) chamou Camolesi de canto e cobrou o vereador. Fez isso sem se esconder. Dentro da base governista, há quem fale em impeachment do tucano. Resta saber se haverá coragem para o segundo passo, que é encaminhar a cassação mesmo desagradando Morando.
Na boca do povo
A prova que Estevão Camolesi (PSDB) não anda bem com os vereadores foi o volume de comentários de parlamentares com o fato de a Justiça Eleitoral de São Bernardo rejeitar a prestação de suas contas de campanha. Foi o assunto do dia no Legislativo da cidade, a despeito de ele não ter sido o único a ver desaprovado o balancete financeiro do processo eleitoral.
Exoneração
O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), de São Bernardo, exonerou Raimunda Borges de Souza Mateus, mulher do ex-vereador Tião Mateus (ex-PT). Ela estava no gabinete do parlamentar estadual na função de assistente. Sua portaria de demissão foi confirmada no fim do mês passado, justamente quando este Diário mostrou que Tião havia sido contratado para o gabinete do deputado federal Alex Manente (Cidadania), também de São Bernardo.
Vistoria
O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, Alexandre Baldy, esteve ontem em Rio Grande da Serra, em agenda com a deputada estadual Carla Morando (PSDB), com o prefeito Claudinho da Geladeira (Podemos) e a vice-prefeita Penha Fumagalli (PTB), para dar andamento ao projeto de construção de uma rodoviária na cidade. Segundo Baldy, a intenção é erguer o terminal ao lado da Estação Rio Grande da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Agenda – 1
Enfim saiu a agenda do prefeito de São Caetano, Tite Campanella (Cidadania), com o presidente da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Alessandro Leone. Em pauta, o futuro da entidade e os débitos da instituição junto à Prefeitura por causa da rejeição da prestação de contas do Natal Iluminado de 2016. A administração incluiu a associação na lista de devedores e cobra, judicialmente, devolução de R$ 1,6 milhão – R$ 1 milhão cedido pelo convênio, somado a multa e correção inflacionária do período.
Agenda – 2
Em recente visita ao Diário, o presidente da Aciscs, Alessandro Leone, disse não reconhecer completamente a dívida cobrada pela Prefeitura por causa do Natal Iluminado de 2016. “O projeto saiu, foi grandioso, foi divulgado pela grande mídia. Não se pode falar que o dinheiro não foi usado no Natal Iluminado”, considerou Leone, que admitiu, porém, discutir os valores. “Eu penso assim, que é possível dialogar e ver se houve passivo. É preciso entendimento de toda a associação e do nosso setor jurídico.”
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