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Químicos do ABC reelegem Lage para o Sindicato
William Glauber
Do Diário do Grande ABC
02/04/2006 | 09:21
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Com 38 mil trabalhadores na base, a segunda maior categoria da região reconduziu sábado o atual presidente Paulo Lage a mais uma gestão à frente do Sindicato dos Químicos do ABC (filiado à CUT). A apuração das eleições realizadas durante esta semana legitimou a única chapa candidata ao comando do segundo maior sindicato dos químicos do país. Dos 20,5 mil sindicalizados, 11,025 mil (quórum mínimo) compareceram às urnas e deram 95,36% dos votos válidos (9,866 mil) à equipe Democracia, Organização e Luta.

A chapa vai dar continuidade à política de valorização da sindicalização implementada a partir de 2003. Nesse período, a entidade saltou de 8 mil sindicalizados para 20,5 mil filiados atualmente. A base, estimulada pela recuperação econômica e geração de empregos, está em ascensão desde 2002, quando contava com 25 mil trabalhadores ante os 38 mil de hoje.

A equipe do presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, terá também a missão de manter as conquistas trabalhistas registradas nesta última gestão, principalmente quanto à recomposição salarial. Lage lembra que a economia nos anos 90 registrou forte retração, com o fechamento de vagas e alteração significativa da atuação do movimento sindical brasileiro. "Nesse período, éramos como ‘bombeiros’. Vivíamos tentando impedir as demissões em massa", recorda Lage.

Segundo o sindicalista, a entidade consegue estabelecer agora ações mais eficientes no tratamento de questões relacionadas às melhorias de condições de trabalho dos químicos na região. "Conquistamos muitos acordos nos últimos dois anos, que recuperaram perdas salariais acumuladas durante oito anos", destaca o presidente.

Por conta da boa performance das indústrias químicas, a categoria no Grande ABC alcançou em média reajuste real de 6% em três anos. Em negociações específicas, os químicos garantiram aumento real, acima da inflação, de até 8%. Outra conquista ressaltada foi a redução da jornada de trabalho de 44h para 42h no segmento farmacêutico, sem corte de salário.

Para os próximos três anos, o presidente Paulo Lage se lança ao desafio de consolidar a representação sindical no local de trabalho. Além disso, a equipe terá de efetivar as diretrizes apontadas pela categoria no último congresso realizado em abril do ano passado, quando se elencaram independência financeira sindical, fortalecimento da democracia, debate político regional e melhorias das condições trabalhistas e salariais como metas prioritárias.




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