O ex-banqueiro Salvatore Cacciola deve ser mantido no presídio de Mônaco até que seja analisado o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. Na audiência, realizada nesta manhã, a Justiça negou o pedido de relaxamento de prisão feito pelos advogados de defesa.

Apesar da decisão, as leis do principado permitem que Cacciola entre com um novo pedido de liberdade a qualquer momento durante o processo.

Agora, cabe ao governo brasileiro enviar a documentação sobre o caso do ex-banqueiro, para que o pedido de extradição seja avaliado pelo Tribunal de Recursos de Mônaco.

Condenação – O escândalo financeiro envolvendo o ex-banqueiro ocorreu em 1999 durante o processo de desvalorização do real, quando o Banco Central teria socorrido os bancos Marka e FonteCindam com R$ 1,6 bilhão. O objetivo seria impedir a liquidação das duas instituições para evitar um abalo em todo o sistema financeiro.

Salvatore Cacciola, na época dono do banco Marka, foi condenado pela Justiça brasileira a 13 anos de prisão por crimes financeiros, mas estava foragido há sete anos. Ele chegou a passar 37 dias na cadeia, mas, depois de receber um habeas-corpus, fugiu para a Itália, de onde não foi extraditado por ter cidadania italiana.

De acordo com a assessoria da Polícia Federal, o criminoso foi preso em frente a um cassino. Ele foi reconhecido pela Interpol, a polícia internacional, por causa de um comunicado distribuído a 140 países.