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Mauá só tem três leitos de UTI disponíveis

Após sofrer colapso na semana passada e receber aporte do Estado, cidade vê ocupação chegar a 90%

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
29/01/2021 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


A taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para o tratamento de pacientes com Covid-19 no Hospital Radamés Nardini, em Mauá, voltou a subir para 90%, segundo dados divulgados ontem pela Prefeitura. Isso significa que a cidade tem apenas três vagas públicas para receber doentes em estado grave.

Na semana passada, o hospital atingiu a capacidade máxima de atendimento e a cidade recorreu ao Estado, que aportou R$ 1,4 milhão para abrir mais dez leitos de UTI no Nardini, passando de 20 para 30. Mas o reforço não foi suficiente. Em uma semana, Mauá alojou sete pacientes nos novos leitos de UTI, restando apenas três vagas. Seguindo neste ritmo, é grande a chance de novo colapso já no fim de semana.

Na reunião que o prefeito Marcelo Oliveira (PT) teve na semana passada com o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, surgiu a possibilidade de instalar novamente um hospital de campanha para que a cidade dê conta da demanda. Ontem, porém, a Prefeitura informou que “o governo (do Estado) segue avaliando a possibilidade financeira de construir um hospital de campanha. A prioridade do novo governo é salvar vidas”.

A situação do Nardini é ainda mais grave porque a unidade é hospital de referência e atende pacientes de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, cidades que não dispõem de unidades de terapia intensiva e estão recorrendo ao Cross (Central de Regulação de Ofertas e Serviços da Saúde), sistema do governo do Estado, para encontrar vagas livres para os pacientes quando é necessário fazer a transferência.

Ainda segundo a Prefeitura de Mauá, “o comitê de enfrentamento à pandemia do governo municipal, formado por representantes de diversas secretarias, está adotando série de ações e estudando novas medidas para conter o avanço da Covid-19 no município. Além de ter conseguido viabilizar antecipadamente dez novos leitos de UTI na rede pública de saúde, a nova gestão está com equipes nas ruas orientando a população sobre a importância de se respeitar protocolos sanitários, como uso correto de máscara, distanciamento e limpeza das mãos, e intensificando a fiscalização para evitar aglomerações”.

MORTES EM ALTA
Além da preocupação com as taxas de ocupação de UTI, Mauá também vive descontrole no número de mortes. Apenas em janeiro já foram 104 perdas para a Covid, contra 31 registros de baixas no mês de dezembro inteiro.  




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