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PCC planeja seqüestrar padre Marcelo Rossi, diz jornal
Do Diário OnLine
05/09/2003 | 21:00
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O padre Marcelo Rossi é o novo alvo do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de São Paulo. Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo Jornal da Tarde, Rossi teria sido alertado do perigo pelo governador Geraldo Alckmin e, desde então, anda escoltado por policiais à paisana.

O objetivo do PCC, de acordo com o jornal, é revidar às ações do governo estadual contra o crime organizado. As informações sobre a intenção de seqüestrar Rossi — além de outras quatro pessoas cujos nomes não foram revelados — foram obtidas por meio de investigações da polícia do Estado.

Uma das demonstrações de que o perigo está por perto ocorreu na quarta-feira. Segundo fontes do JT, o carro em que o religioso estava foi fechado por um Santana, na Zona Sul de São Paulo, na noite desse dia, mas os supostos bandidos não conseguiram interceptá-lo.

Em entrevista à TV Bandeirantes, o padre disse que perdoa os membros do PCC que estariam planejando seu seqüestro. "Eu perdôo, porque essa é a missão de Cristo e que Deus abençoe. Mas só que não esqueçam que vocês também têm mãe e pai. Vocês não querem que os pais de vocês sofram, né? ", afirmou o religioso.

O religioso acredita que tenha sido escolhido pela facção criminosa por ser conhecido e porque a intenção do grupo é chocar. Além disso, ele revelou que tenta viver normalmente, mas considera a situação constrangedora.

Outros ataques - A reportagem revela ainda que, além do aviso de Alckmin ao padre, o jornal recebeu uma carta dizendo que criminosos ligados ao PCC e ao Comando Vermelho (CV) planejam ataques contra juízes, diretores de presídios, deputados, senadores e religiosos.

O remetente da carta, que se identificou e deu números de documentos para comprovar que a denúncia é verídica, afirma ainda que já enviou essa mesma carta a outras autoridades, mas que nenhuma o procurou. Quem enviou a carta é um preso de São Paulo.

Ainda de acordo com jornal paulista, o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) negaram ter recebido tais informações.




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