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Uniforme é alvo de críticas em Sto.André
Michelly Cyrillo
Do Diário do Grande ABC
11/09/2010 | 07:10
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Faz pouco mais de um mês que as crianças da rede pública de Santo André receberam os uniformes, e os pais e responsáveis reclamam da qualidade do vestuário e da ausência de alguns ítens prometidos. Procurada desde quarta-feira, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos.

No dia 4 de agosto a Prefeitura começou a entregar os uniformes aos 30 mil alunos das 51 escolas municipais e 25 creches. Foram adquiridos 34 mil kits, compostos por uma bermuda, duas camisetas e um conjunto de calça e blusão de agasalhos. O atraso na distribuição do vestuário escolar foi atribuído aos entraves burocráticos das licitações.

As mochilas já começaram a ser distribuídas, mas não a todos os alunos. Já o tênis ainda não tem data definida para ser entregue.

A equipe do Diário percorreu algumas unidades educacionais e constatou o descontamento dos familiares em relação ao kit.

"A costura é malfeita. Tive que mandar na costureira para reforçar. Esperávamos um pouco de capricho", disse a operadora de caixa Maristela de Jesus Cerqueira, 23 anos, mãe de aluno da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Janucz Korczak, no bairro Valparaíso.

Já a aposentada Maria Severina Silva, avó de uma criança da Emei Reverendo Oscar Chaves, na Vila Linda, afirmou que ainda faltam shorts. "Meu neto não recebeu, e o agasalho veio grande. Foi preciso esperar duas semanas para vir o menor. Estamos felizes com a iniciativa de ter uniformes de graça, mas queremos o que prometeram. A minha outra neta, por exemplo, não tem mochila."

A manicure Esmeralda Fonseca Garcia, 43, tem dois filhos estudando na Emei do Valparaíso e um na creche Profª Laura Dias de Camargo, e também reclamou do vestuário. "Um dos meus filhos ainda está sem o shorts. O menino que está na creche recebeu o uniforme gigante. Nós podíamos escolher os tamanhos, mas não tinham pequenos. E os tênis, até agora, nada."

A tia de um aluno da Emei Machado de Assis, do Parque Miami, reivindicou a compra de mais peças. "A roupa dá para um dia. A Prefeitura deveria credenciar algumas lojas para os pais que querem comprar mais peças. Meu sobrinho vai sempre com roupas normais, porque o uniforme está lavando", disse a atendente Sabrina Chagas, 27.

O autônomo Angelo Pires dos Santos, 28, afirmou que o filho frequenta a escola sem uniforme com frequência. "A calça precisa cortar, é enorme. Só uma peça é pouco para essa molecadaca, suja todo dia."

Durante a distribuição dos uniformes, a secretária de Educação, Cleide Bochixio, afirmou que "em breve" os tênis seriam entregues, já que o material estava em fase de licitação.

A Prefeitura não comentou as críticas à qualidade do uniforme, nem informou prazos para a entrega do material faltante.




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