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Oposição venezuelana adia entrega de referendo
Da EFE
12/12/2003 | 22:20
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A coalizão opositora ao governo venezuelano adiou até a próxima semana a entrega das assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As rubricas recolhidas entre 28 de novembro e 1 de dezembro vão ativar um referendo contra o presidente Hugo Chávez.

A coordenadoria opositora tinha indicado que nesta sexta-feira entregaria as assinaturas, mas seus representantes assinalaram que o farão antes da sexta-feira da próxima semana.

As assinaturas recolhidas devem ser depositadas no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para que esse organismo as avalie e elimine as que não cumpram com os requisitos estabelecidos.

O vice-presidente do CNE, Ezequiel Zamora, advertiu que esse organismo poderia emitir um "precatório" para que não se faça mais adiamentos.

Os representantes da oposição não explicaram os motivos do adiamento, mas presume-se que a organização esteja atrasada com a tarefa de ordenar, registrar e fotocopiar as assinaturas.

No entanto, o presidente Chávez pretendeu atribuir o atraso a supostas irregularidades cometidas durante os dias de coleta das assinaturas.

"Não entregaram as assinaturas e não dizem nada. Parece que vão esperar mais uma semana. Não seria estranho que as guardassem três meses e não as entregassem, ou que estejam pensando que o fazer para justificar o desastre", conjeturou Chávez na quinta-feira.

Chávez continuará no poder se a votação de seus simpatizantes nesse eventual referendo for superior à de seus opositores, inclusive se estes cumprem o requisito constitucional de superar os 3,7 milhões de votos que obteve quando ganhou as eleições presidenciais de julho de 2002.

Caso a população não alcance um número de assinaturas requerido para ativar o referendo, Chávez pode se manter na Presidência até as eleições de finais de 2006, nas quais teria a oportunidade de ser reeleito para outro período de seis anos.




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