Empresa que financiava Gol do Brasil solicita a rescisão do acordo; atual gestão planeja reversão
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Os cerca de 200 alunos da rede municipal de ensino de Ribeirão Pires que participavam do programa Gol do Brasil, promovido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em parceria com a Prefeitura e a WTC, de repente ficaram órfãos do projeto. Isso porque, no fim do ano passado, em ação publicada no Diário Oficial do município, a empresa que financiava a ação social esportiva solicitou a rescisão amigável do acordo de cooperação técnica assinado em 2017.
Extraoficialmente, a justificativa é que a pandemia do novo coronavírus não permitiu a sustentação do projeto. Porém, a nova gestão da estância turística trabalha pela reversão da situação, com retorno das atividades assim que as questões envolvendo a Covid-19 permitirem.
Conforme acordo firmado entre as partes, o convênio tinha prazo de cinco anos. À cidade cabia ser responsável pela inscrição dos alunos, selecionar os professores, ceder instalações (no caso, o Centro Esportivo Vereador Valentino Redivo, na Vila Gomes), oferecer uniformes e arcar com despesas de alimentação e, transporte. A CBF entrava com a metodologia de ensino. Já a WTC investia mensalmente R$ 10 mil e buscava outras empresas para contribuir.
Quando a pandemia impediu as aulas presenciais, os profissionais do programa tentaram mantê-lo virtualmente, mas não funcionou, praticamente paralisando-o. Assim, a WTC decidiu interromper a parceria, mas a nova gestão que assumiu Ribeirão Pires na semana passada, comandada por Clóvis Volpi (PL), pretende reativá-la – inclusive com uma visita do próprio prefeito à CBF.
“Estamos em contato com a WTC, buscando a manutenção do programa de todas as formas possíveis. Pelo carinho que a WTC teve com a cidade, buscaremos a manutenção do parceiro (com ela)”, declarou o secretário de Esporte, Cultura e Turismo, Claurício Bento. “O projeto é de grande importância a cidade, Ribeirão Pires foi a primeira cidade do País a receber o programa. Nos reuniremos junto à confederação para entender sobre o programa e buscar sua continuidade”, completou.
Como citado pelo secretário, Ribeirão Pires foi escolhida como pontapé de partida para o programa – depois, Belém (Pará), Recife (Pernambuco), São Paulo e Teresópolis (Rio de Janeiro) também formaram núcleos. A proposta da CBF é que o projeto, voltado a crianças entre 6 e 13 anos, seja “uma escola, não só de futebol, mas de cidadania, um projeto de responsabilidade social”, disse, no evento de lançamento, o secretário-geral da confederação, Walter Feldman. Na oportunidade, ele explicou que a estância turística foi escolhida porque o então prefeito, Adler Kiko Teixeira (PSDB), colocou o município à disposição, garantindo a devida estrutura, para “interpretar esse sonho (da CBF) e transformá-lo em realidade”, declarou Feldman.
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