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Investimento foca áreas intensivas
19/07/2008 | 07:11
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Os investimentos privados no Brasil vão desacelerar o ritmo de expansão em 2009 e deverão prosseguir concentrados nos setores produtores de commodities, como metalurgia e celulose, ou vinculados ao recente aquecimento da demanda doméstica, como construção e automóveis.

A avaliação é do economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, que projeta aumento da FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) de 11,1% em 2008, reduzindo para uma variação entre 7% e 8% em 2009.
Dados de sondagem da FGV (Fundação Getulio Vargas) confirmam a análise setorial de Vale e mostram que os investimentos vão ocorrer nos segmentos que estão com a maior utilização de capacidade instalada.

Apesar de o ritmo mais suave, os investimentos nos setores citados devem prosseguir, segundo Vale, porque nesses segmentos as decisões são tomadas visando ao longo prazo, e a desaceleração da economia em 2009 será "um ajuste natural" e um ritmo mais vigoroso será retomado já em 2010.

"Desde o final de 2006 e início do ano passado, houve uma percepção de que o ciclo de crescimento atual é diferente dos anteriores", disse o economista, para quem esse novo ciclo é um incentivo a investimentos.

Ele sublinhou que o País passou de um patamar de expansão anual do PIB de 2% a 2,5% para uma média de 3% a 4%. "Não é suficiente ainda, mas é um nível de crescimento maior e mais sustentável."

Vale adiantou que a MB Associados está revisando a projeção de crescimento do PIB em 2009, de 4,2% anteriores para uma variação entre 3% e 3,5%. Ele avalia que essa perspectiva de expansão menor na economia não afeta os investimentos porque "é algo cíclico, não é uma reversão na tendência de crescimento". Para o coordenador de Análises Conjunturais da FGV, Aloísio Campelo, as empresas estão com apetite para investir e o principal objetivo é aumentar a capacidade produtiva.




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