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Câmara questiona demora em início do projeto Cidade Pirelli
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
09/06/2002 | 21:27
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A Câmara de Santo André está insatisfeita com a demora no início do projeto Cidade Pirelli, na Vila Homero Thon. Vereadores entendem que o empreendimento já deveria ter iniciado. “Cadê os R$ 200 milhões que a Pirelli ia investir no projeto? Por enquanto, não saiu do papel”, disse Ricardo Alvarez (PT).

Fernando Gomes (PL) também reclama. “O projeto será muito bom para o desenvolvimento da cidade, mas está demorando muito para acontecer. Infelizmente, nos falta informação”, afirmou.

Dinah Zekcer (PTB) disse que os vereadores aprovaram projeto em 1998 para autorizar a Cidade Pirelli, porém a Câmara tem recebido poucas informações sobre os planos. “Precisamos de explicações do secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura (Irimeu Bagnariolli Júnior) sobre o assunto. Queremos que ele venha à Câmara justificar tal demora”, afirmou a petebista.

Carlos Raposo (PV) está na lista dos insatisfeitos e diz que foi criada uma expectativa na população quanto ao investimento de R$ 200 milhões e a geração de novos empregos. “Infelizmente, o projeto não foi agilizado”.

Bagnariolli disse que há algumas questões envolvendo o atraso nos empreendimentos. Ele afirmou que o processo de desativação da Pirelli Cabos – na cidade ainda existem outras duas: Pirelli Pneus e a Pirelli S/A – ainda não não aconteceu por conta de negociações entre a empresa e o sindicato da categoria. “A Pirelli ia desativar e transferir a produção de cabos para Soracaba, mas houve um retardamento. Não vemos isso com maus olhos, pois muitas pessoas que trabalham na empresa são de Santo André e não querem ser transferidas. Existe uma negociação e nós respeitamos isso.”

No local da Pirelli Cabos, serão construídos um hotel cinco estrelas, um restaurante e uma rua 24 horas. O projeto ainda prevê lojas, casas de espetáculos, escritórios e um centro de convenções. Quando o projeto foi aprovado, a informação era de que a Cidade Pirelli iria gerar 3 mil empregos na construção civil e ocuparia aproximadamente 200 mil m².

Obrigações – A informação da Prefeitura é de que a Pirelli cumpriu todas as suas obrigações com o poder público no que se refere às contrapartidas. “A única coisa em andamento é a construção do parque. Até o final do ano estará finalizado”. Para a construção do parque, foi necessária a desapropriação de 50 imóveis na Vila Homero Thon.

O secretário disse que a operação urbana foi desenvolvida entre a Prefeitura e a Pirelli para o uso do solo e a construção de um centro de negócios. Antes da aprovação da lei, só era permitido o uso industrial.

Bagnariolli afirmou que a Pirelli também pagou R$ 2 milhões à Prefeitura, e o recurso permitiu a cobertura da avenida Oliveira Lima. Outra obrigação foi a duplicação e reurbanização da avenida Giovanna Baptista Pirelli.

A Pirelli foi procurada, mas não deu retorno para se posicionar sobre o assunto.




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