“Se o Nelson tivesse a mesma divulgação que o Tom Jobim teve em todo o mundo, ele seria hoje um dos compositores brasileiros mais gravados da história”, afirma Beth.
Antes que os bossa-novistas de carteirinha reclamem de um possível exagero, a sambista emenda: “A melodia do Nelson é algo impressionante. Dá para perceber a riqueza da harmonia. Ele não tem música medíocre, nada é mais ou menos em sua obra. Tudo, sem exceção, é muito forte, muito contundente.”
Mais: “Ele aborda temas de traição e de amor com muito humor e com toques de tragédia. Por isso eu o considero o Nelson Rodrigues do samba”. Tanto incenso em torno da figura do sambista contagiou músicos e cantores que participaram da gravação de Nome Sagrado, entre os quais Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. “Todos eles se deliciaram com as melodias.”
Os shows no Tom Brasil terão as 16 canções registradas no álbum, além de outras cinco que ficaram de fora do CD e 1 x 0, chorinho instrumental de Pixinguinha, tocado por Hamilton de Holanda. Beth explica a presença da única intrusa, que não é de autoria do senhor do cavaquinho, no repertório. “Pixinguinha era o compositor preferido do Nelson.”
Beth Carvalho – Show. Sexta e sábado, às 22h. No Tom Brasil – r. Olimpíadas, 66, São Paulo. Tel.: 3845-2326. Ingr.: de R$ 25 a R$ 50.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.