De um déficit de US$ 12,687 bilhoes em 1990, a UE passou a ter um saldo positivo de 10.382 bilhoes de dólares em 1997, incluindo a América Latina e o Caribe, segundo dados do FMI e do IRELA (Instituto de Relaçoes Européias-Latino-americanas).

A UE se tornou o segundo sócio comercial extra-regional da América Latina e o primeiro do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).

As vésperas do século XXI, os Estados Unidos e a UE se lançam a uma corrida por este mercado: o primeiro ao propôr um Acordo de Livre Comércio das Américas para 2005, enquanto que a UE tenta nao perder terreno lançando negociaçoes, já em curso com o México, e ainda por se materializarem com o Mercosul e o Chile, para criar zonas de livre comércio.

Por ocasiao da primeira cúpula UE-América Latina e Caribe (a Cimeira do Rio), que se celebrará no Rio de Janeiro nos próximos dias 28 e 29 deste mês, os países latino-americanos consideram urgente eliminar os obstáculos que existem na Europa quanto a suas tradicionais exportaçoes de matérias-primas ou têxteis, e particularmente de produtos agroalimentícios.

Apesar dos benefícios comerciais concedidos pela UE a países em vias de desenvolvimento para ajudá-los a encontrar alternativas para os importantes rendimentos gerados pelo cultivo da droga (no caso dos Andinos) ou a superar a vulnerabilidade de suas economias afetadas pelas guerras civis ou desastres naturais (no caso dos centro-americanos), alguns produtos estratégicos como a banana continuam submetidos a uma restriçao de importaçao no velho continente.