Estrada, que cumpre pena em um hospital militar, foi derrubado em 2001 por uma revolta popular, durante um escândalo de corrupção no governo. "Em lugar de buscar um bode expiatório, seria melhor o governo responder às acusações" dos 300 militares que se rebelaram, concluiu Estrada.

Os militares rebelados, que ocuparam durante mais de 20 horas um complexo residencial e comercial no bairro financeiro de Manila, acusaram a cúpula das Forças Armadas de corrupção, o que mina o apoio logístico das tropas que lutam contra os rebeldes comunistas e muçulmanos.

O grupo também acusou um alto responsável dos serviços de segurança de organizar de um atentado em Davao (sul) há alguns meses para responsabilizar os rebeldes muçulmanos e obter assim um aumento da ajuda militar americana no combate aos terroristas.

Estrada destacou que as acusações contra o governo da presidente Gloria Arroyo são "graves".

Parceiro? - A polícia prendeu na segunda-feira Ramón "Eki" Cárdenas, ex-colaborador de Estrada, após encontrar em sua residência várias armas e uniformes militares. Cárdenas, que nega qualquer participação na rebelião, mora no bairro de Makati, próximo ao local tomado pelos militares rebelados.

"Ignoro este assunto", disse Estrada, que garante não ter contato com Cárdenas há muito tempo.