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PM usa detector de metais em escolas do DF
Do Diário do Grande ABC
16/02/2000 | 17:07
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A Polícia Militar do Distrito Federal adotou o uso de detectores de metais em todos as escolas públicas de Brasília e cidades-satélites para evitar que alunos entrem armados nas salas de aula. A revista será feita nas 423 escolas do DF. Ela foi intensificada esta semana depois que um adolescente de 15 anos exibiu um revólver para uma equipe de TV. Outro menor foi preso, também com arma, nas imediaçoes de escolas da cidade-satélite de Ceilândia.

A operaçao Escola Livre vem sendo feita por 100 homens do Batalhao Escolar da PM do Distrito Federal. Nesta quarta-feira os policiais revistaram os alunos na cidade-satélite Guará II e do Setor Leste, na Asa Sul de Brasília. Segundo o comandante do Batalhao Escolar, tenente-coronel Ismael Silva Aguiar, foram apreendidas ano passado 20 armas dentro ou nas proximidades das escolas.

Até esta quarta-feira cerca de 50 escolas haviam sido visitadas pelos policiais, mas nenhuma arma foi encontrada. O coronel lembra que a vistoria na porta das escolas é feita somente com a permissao dos diretores. "Só atuamos após a direçao da escola assinar um termo".

O coronel Silva Aguiar disse que a operaçao Escola Livre tem caráter preventivo e nao repressivo. As revistas sao feitas a cada início de turno - às 7h15, às 13h15 ou às 19h - e sao previamente combinadas com a direçao das escolas. Segundo o coronel, a operaçao Escola Livre será intensificada até o dia 25. Depois desta data, a PM continuará utilizando os detectores toda vez que receber denúncia sobre o uso de armas nas imediaçoes das escolas.

Alunos aprovam - Entre os alunos, a medida é bem aceita. "A revista deveria ser feita todos os dias", disse Rayna Veríssimo de Lima, de 13 anos, estudante da 8ª série da Escola Caseb, localizada na Asa Sul de Brasília. "É uma decisao louvável", avaliou a colega de Rayna, Bianca de Oliveira. Para a estudante, além da revista com detector de metais, a Polícia Militar também deveria intensificar nas escolas palestras sobre o uso de armas e os malefícios das drogas.

A exemplo da colega, Bianca entende que a operaçao Escola Livre nao deveria limitar-se a um determinado período do ano letivo. Jefferson Braga, de 16 anos, também aprova a idéia. Mas ele acha que só a fiscalizaçao nao resolve. "Tem que haver um controle mais rígido sobre a venda de armas", sugere Jefferson. A mesma opiniao tem Augusto Pereira de Andrade, de 15 anos. "Hoje é muito fácil comprar uma arma", reconhece o adolescente.




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