Forró e matemática dançam juntos, sim senhor. Depois de 750 mil cópias vendidas de seu único disco, Deixa Entrar..., a banda Falamansa chega hoje a Santo André para cumprir a agenda da turnê que está percorrendo o Brasil. No palco do Aramaçan, a apresentação tem início previsto para as 21h, mas os portões do clube andreense já estarão abertos ao público a partir das 19h30. Os ingressos custam R$ 10 (estudantes) e R$ 20.

A Falamansa adotou a formação de quarteto ao reunir três paulistas e um pernambucano. Tato (vocal e violão), Alemão (zabumba) e Dezinho (triângulo) integram o trio de “forrozeiros” de São Paulo e o sanfoneiro Waldir do Acordeon, de Pernambuco, é o único nordestino do grupo que surgiu há dois anos.

A apresentação em Santo André, aliás, correu o risco de não ser realizada. Na semana passada, durante uma viagem da banda ao Rio, Waldir do Acordeon recebeu a notícia da morte de sua mãe. O músico teve de se deslocar para Pernambuco, mas, ainda assim, a Guitarshow – produtora do evento – e a Abril Music – gravadora do grupo – confirmaram que o show transcorreria normalmente. A dúvida é com relação à presença do sanfoneiro que, caso esteja impossibilitado de comparecer, deverá ser substituído.

Considerada a porta-voz mais vibrante do movimento “forró universitário”, a banda Falamansa já subiu em palcos do Grande ABC em outras oportunidades. O próprio Aramaçan e as casas noturnas Chaplin e Forte Apache estão no roteiro de uma rede de shows que já visitou vários locais do país. Somente no mês passado, foram feitos shows no Rio, Ceará e na Bahia, entre outros Estados. E com números generosos, segundo dados veiculados pela Guitarshow: em Fortaleza, foram assistidos por 20 mil pessoas e outras 8 mil acompanharam a performance do quarteto em Porto Seguro.

Gonzagão e Jackson – Tanta rentabilidade e um único disco. O álbum Deixa Entrar... é a base para o show no Aramaçan e contém a maioria das canções que devem fazer o público arriscar seus passinhos na pista. Fã que é fã já sabe que “para surdo ouvir/ para cego ver/ Falamansa faz milagre acontecer”, segundo o refrão de Xote dos Milagres, principal obra de trabalho da banda. Imperdoável é se o fã em questão não tiver na ponta da língua o estribilho de Forró de Tóquio: “Forró de toqui-toqui-toquixote/ sanfoneiro, toque xote no forró de Tóquio”.

Mas nem só de músicas próprias será composto o repertório do show, cujo set list inclui 20 canções. Covers como Compadre João, de Jackson do Pandeiro, e Xote Ecológico, de Luiz Gonzaga e Agnaldo Batista, foram reservadas para incrementar uma performance que deve durar cerca de 90 minutos.