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Devido às eleições, executivos do Grande ABC trocam secretários
Matheus Adami
Do Diário do Grande ABC
01/04/2010 | 07:35
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Cinco integrantes do primeiro escalão das sete prefeituras do Grande ABC têm até hoje para deixar os cargos. Como não podem permanecer no Poder Executivo e, ao mesmo tempo, serem candidatos - impedimento que não ocorre no Poder Legislativo - os nomes já estão se despedindo das funções ora ocupadas.

Coincidentemente, só ocorrerão trocas nas administrações do PT na região. Em São Bernardo, o secretário de Relações Internacionais, Evandro de Lima (PTdoB), pediu ontem dispensa ao prefeito Luiz Marinho para pleitear vaga na Assembleia Legislativa.

O adjunto, Marcelo Alexandre, assume o comando da Pasta interinamente.

Já em Diadema, deixam o primeiro escalão do governo Mário Reali o também petista Joel Fonseca, diretor-presidente da Fundação Florestan Fernandes, e o secretário de Meio Ambiente Rogério Menezes de Mello, do PV.

Fonseca, ex-vice-prefeito na gestão de José de Filippi (PT), será candidato a deputado estadual. Já o verde ainda não tem a candidatura definida. "Ele está saindo pois, se o partido precisar, ele está compatível juridicamente", disse a presidente estadual do PV, Regina Gonçalves, que é vereadora em Diadema. No lugar de Mello, foi confirmado o advogado Ricardo de Souza, que já trabalhava na Saned (Companhia de Saneamento de Diadema).

Em Mauá, deixam o secretariado de Oswaldo Dias, Helcio Antonio da Silva (PT), responsável pela Pasta de Obras, e Diniz Lopes (PR), superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). O petista deixa hoje a Administração para concorrer à Câmara dos Deputados, enquanto o republicano se despediu ontem da autarquia de olho em uma cadeira no Legislativo estadual.

Assim como nos demais municípios, em Mauá os novos secretários já foram escolhidos. O arquiteto Adílson Ruiz assume Obras, enquanto o diretor de Manutenção e Abastecimento do Sama, Vladimilson Garcia, conhecido como Bodinho, foi promovido à superintendência do órgão, conforme o Diário já havia antecipado.

"Ele, sem dúvida, é uma pessoa capacitada. É técnico, arquiteto, tem condições de dar continuidade no trabalho da secretaria, até porque acompanhou tudo", declarou Helcio sobre o sucessor.

Candidatura de Diniz Lopes está ameaçada

Nome forte do PR para a Assembleia Legislativa nas eleições de outubro, Diniz Lopes pode ter a candidatura abortada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O órgão publicou decisão no dia 23 negando a ação de revisão requerida por Diniz sobre o parecer anterior do TCE . O documento é referente às contas de 2006 da Câmara, que foram rejeitadas. À época, Diniz era o presidente da Casa e, por esse motivo, estaria inelegível.

Questionado a respeito, o agora ex-superintendente do Sama demonstra tranquilidade quanto à decisão do Tribunal. "O TCE é subjetivo. Cada conselheiro teve uma decisão. É muito fácil reverter e estou tranquilo", disse o republicano.

"Você só se torna inelegível se não recorrer. Ainda há o que recorrer no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e tenho certeza que vamos ganhar. Estou tranquilo. O TCE teve uma interpretação muito errônea."

LIDERANÇA - Na segunda-feira, Diniz viaja para Brasília para assumir cargo no Diretório Nacional do PR. Atualmente ele é presidente da sigla em Mauá e líder regional da legenda.

Para a campanha à Assembleia Legislativa, o ex-superintendente do Sama está otimista. "Tenho mais de 15 vereadores e prefeitos que vão me apoiar", afirmou.

‘Decisão não abala', diz presidente do PSB

Até o momento fora do primeiro escalão do governo Oswaldo Dias (PT) em Mauá, o PSB não está abalado por ter sido deixado de lado nas mudanças no secretariado. Quem garante, é o presidente da legenda, Carlos Tomaz. "Essas mudanças do Oswaldo já estavam previstas e não tínhamos criado expectativas neste momento."

Embora a sigla não esteja 100% na base aliada - dos quatro vereadores, somente Alberto Betão Pereira Justino faz oposição declarada ao Executivo - há otimismo por parte dos socialistas. "Sou bem otimista. Temos de pensar que dará certo", declarou o presidente da legenda, Carlos Tomaz.

São duas as secretarias pretendidas pelo PSB: a de Desenvolvimento Econômico, comandada interinamente por Edílson de Paula Oliveira, titular da pasta de Trabalho e Renda, e a de Segurança Pública, sob o comando interino do secretário de Assuntos Jurídicos, José Alves Cavalcante.

"Não conversamos com o governo para definir secretarias. O primeiro passo foi dado para ampliar a relação. Estamos construindo uma aproximação. O PSB tem interesse, sim, em compor o primeiro escalão, mas está a cargo do governo", disse o líder dos socialistas de Mauá.

De acordo com Tomaz, na próxima semana devem ocorrer encontros com o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, para tratar do assunto.




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