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Autoridade Palestina pede intervenção dos EUA
Das Agências
19/06/2002 | 13:55
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A Autoridade Palestina, na defensiva depois do mortal atentado suicida desta terça-feira, em Jerusalém, condenou esta quarta-feira a política de Israel de ocupação militar dos territórios palestinos e reclamou a intervenção dos Estados Unidos.

"Não existe nenhuma saída para esse círculo vicioso, salvo uma iniciativa política baseada nas resoluções das Nações Unidas", indicou o ministro do Trabalho, Ghasan al Jatib, ao mesmo tempo que pediu aos Estados Unidos e Israel que "não reduzam a crise entre palestinos e israelenses a um problema de segurança, como pretende o primeiro-ministro Ariel Sharon".

Depois do atentado suicida de Jerusalém, no qual morreram 19 pessoas, além de seu autor, um ativista do movimento palestino Hamas, o exército israelense voltou a ocupar várias cidades da Cisjordânia, entre elas Jenin.

O gabinete de Ariel Sharon anunciou, em um comunicado, que "Israel responderá a novos atos de terrorismo apropriando-se de territórios da Autoridade Palestina", além de estudar a possibilidade de expulsar para o estrangeiro autoridades palestinos em represália aos atentadaos, apesar dessa política não atingir o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.

Frente a esse endurecimento, um conselheiro ligado a Arafat, Nabil Abú Rudeina, pediu à administração americana "que atue urgentemente para obrigar que Israel acabe com suas agressões e salve o processo de paz".

"A política de Sharon é destrutiva e não ajuda à paz. Os Estados Unidos têm de atuar declarando um Estado palestino e aceitando o envio de observadores internacionais" aos territórios, declarou.

A direção palestina condenou a decisão de voltar a ocupar as zonas autônomas durante um período mais longo, uma medida que, segundo a rádio militar israelense, representa uma "mudança estratégica".

O principal negociador palestino, Saeb Erakat, afirmou que "a agressão israelense" faz parte de "um plano de ocupação dos territórios palestinos autônomos, cujo objetivo é destruir a Autoridade Palestina e substitui-la por uma administração civil israelense".

Segundo Erakat, "Sharon não necessita de desculpas para continuar com sua política de colonização e sua guerra contra os esforços destinados a relançar o processo de paz".




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