De acordo com a entidade, dos 49 milhões de cheques devolvidos em 2003, 980 mil haviam sido roubados, fraudados, ou clonados. Em 2001, esse índice representava 10% de um total de 41 milhões de cheques devolvidos.
Depois do varejo, quem mais sofre com a clonagem é o cidadão que teve o nome utilizado na fraude, pois os bancos não se responsabilizam pelo pagamento de cheques falsificados. Segundo o presidente da Abracheque, Carlos Pastor, a vítima da fraude acaba “pagando a conta”, pois o cheque é compensado normalmente e é a vítima quem tem que correr atrás das provas para se ressarcir do prejuízo.
De acordo com a Abracheque, há dois tipos de clonagem. Na manual, os fraudadores utilizam uma folha de cheque verdadeira, mas trocam nome e números do RG e do CPF. Na clonagem mecânica é utilizada a impressão a laser de folhas de cheque em nome de usuários verdadeiros ou não. Isto ocorre, por exemplo, quando o consumidor emite um cheque que posteriormente é roubado por fraudadores – a partir das informações constantes no cheque roubado, são emitidas outras folhas falsas.
A falsificação costuma ocorrer também com cheques roubados. No caso de cheques não preenchidos, os ladrões falsificam assinaturas. Nos cheques já preenchidos, os valores são alterados.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) recomenda alguns cuidados na hora de emitir um cheque, como preenche-los nominalmente ou cruza-los, eliminar espaços vazios, evitar rasuras e não utilizar canetas hidrográficas ou canetas oferecidas por estranhos. Máquina de escrever com fita à base de polietileno também deve ser evitada, pois permite que os valores preenchidos sejam facilmente apagados ou modificados.
Além disso, a Febraban e a Abracheque aconselham que a cada novo talão deve-se conferir nome do correntista, número da conta, CPF e quantidade de cheques do talonário.
Com Agência Brasil
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