A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzippi Livni, pediu nesta quinta-feira à UE (União Européia) que aplique uma política de tolerância zero com um gabinete palestino comandado pelo Hamas. Segundo ela, este será um "governo terrorista".
"Após a tomada de controle da Autoridade Palestina pelo Hamas, a UE tem o dever de se expressar sem equívoco e de afirmar claramente que não aprovará qualquer formação de um governo terrorista", declarou. Israel havia tentado, sem sucesso, impedir o Hamas de participar das eleições.
A vitória esmagadora do Hamas provocou uma situação embaraçosa na União Européia, que representa o primeiro apoio financeiro da Autoridade Palestina, já que o movimento esta incluído em sua lista negra de organizações terroristas.
O Alto representante da UE em política externa, Javier Solana, admitiu que o triunfo do Hamas pode colocar a Europa diante de uma situação completamente nova. O tema estará no centro das discussões dos ministros europeus das Relações Exteriores na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
"Nós consideraremos qualquer governo e parlamento palestinos com base na sua contribuição ao processo de paz, no reconhecimento de Israel e na reafirmação da teoria de dois estados, que deve permitir a instauração de um Estado palestino", comentou Wolfgang Schuessel, presidente atual da UE.
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