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Congresso tem semana carregada
01/02/2004 | 20:11
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A terceira semana da convocação extraordinária do Congresso será de decisões importantes na Câmara. Os deputados vão concentrar esforços para votar, até quinta-feira, na comissão especial e depois no plenário, o projeto de lei que regulamenta a pesquisa e a comercialização de produtos transgênicos, a lei de biossegurança. A Câmara também tentará votar o projeto de lei da PPP (Parceria Público-Privada), além de iniciar o debate da segunda fase da reforma tributária e a nova emenda da reforma da Previdência.

No Senado, a movimentação deverá ser em torno do processo de cassação do senador Mário Calixto Filho (PMDB-RO), que, por estar com os direitos políticos suspensos pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Rondônia, não poderia ter assumido a vaga deixada pelo senador Amir Lando (PMDB-RO), que assumiu o Ministério da Previdência. Calixto ganhou prazo até o dia 10 para fazer sua defesa.

Para o governo, a convocação extraordinária de 20 dias, ao custo de mais de R$ 50 milhões, já está produzindo bons resultados. A aprovação das medidas provisórias que regulamentam o setor elétrico foi considerada uma grande vitória. O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que foi contra a convocação, reconhece que houve avanços: “A Câmara não queria a convocação extraordinária, mas a pauta está andando.” Para trabalhar 20 dias úteis, os 513 deputados e 81 senadores estão recebendo adicional R$ 25.440.

A Câmara tem realizado sessões com votação todas as terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras, mas no Senado não tem havido sessões deliberativas. Na semana passada, a pauta do Senado ficou trancada porque não houve consenso para votação de medidas provisórias já aprovadas na Câmara.

Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) os deputados deverão aprovar, na quinta-feira, o parecer do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) sobre a reforma tributária. A tramitação está bem mais adiantada do que a da emenda paralela à reforma da Previdência, que foi usada como pretexto para convocação extraordinária do Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A segunda etapa da reforma tributária prevê, entre outras coisas, a unificação das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A medida criará as condições para que, em 2007, seja criado o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que será a junção do ICMS, do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do ISS (Imposto Sobre Serviços). O texto prevê ainda a criação de um gatilho que reduz impostos toda vez que o PIB (Produto Interno Bruto) atingir um certo limite e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional.




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