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Banco Central do Japão mantém política monetária inalterada e prevê queda maior do PIB
29/10/2020 | 00:42
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O BC japonês (BoJ, na sigla em inglês) manteve sua política monetária inalterada e atualizou sua avaliação da economia do país. "As taxas de curto e longo prazo devem permanecer nos níveis atuais ou inferiores. (O BoJ) não hesitará em tomar medidas adicionais de relaxamento se necessário", afirmou o banco em seu relatório sobre perspectiva econômica.

A meta para a taxa básica de juros, a de depósitos, foi mantida em -0,1%. Para o rendimento do JGB com vencimento de 10 anos, a meta também foi mantida em torno de 0%. O banco reiterou que não há limite para compras de JGBs.

O BoJ disse que a economia do Japão está se recuperando gradualmente do impacto da pandemia do novo coronavírus, com a produção industrial e exportações começando a aumentar. "A economia do Japão, com a retomada da atividade econômica e o impacto da covid-19 diminuindo gradualmente, provavelmente seguirá uma tendência de melhora", disse o banco em seu relatório trimestral.

Contudo, o banco elevou sua previsão de queda para o PIB japonês no ano fiscal atual, que termina em março de 2021, de 4,7% para 5,5%. Em compensação para os próximos anos, o banco melhorou as suas previsões para o Produto Interno Bruto japonês.Para 2021, o BoJ espera que o PIB do país cresça 3,6%, ante previsão de alta de 3,3%. Para 2022, o banco elevou a previsão de alta de 1,5% para aumento de 1,6%.

Quanto à inflação do país, o banco afirmou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) provavelmente será negativo por enquanto. "Covid-19, preços do petróleo e subsídios de viagens mantêm a inflação baixa", disse o banco. O BoJ espera que a CPI fique em -0,7% no ano fiscal 2020, ante previsão de -0,6%. Para 2021, o banco projeta CPI em

+0,4%, ante previsão de +0,3%, e de +0,7% para 2022.

A autoridade monetária manteve também sua meta anual de compras de fundos negociados em bolsa em 12 trilhões de ienes (cerca de US$ 114 bilhões) e manteve seu limite para títulos comerciais e títulos corporativos em um total de 20 trilhões de ienes.

A manutenção da política monetária pelo banco confirmou que sua postura ultrafrouxa, apoiada pelo ex-primeiro ministro Shinzo Abe, permanece intacta sob seu sucessor, Yoshihide Suga, que assumiu o cargo no fim de setembro. Fonte: Dow Jones Newswires.




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