As eleições mal acabaram e os vereadores de São Bernardo já se articulam para outro pleito: a escolha do presidente da Câmara. Seis nomes são citados candidatos – o pleito ocorrerá na última sessão do ano,em dezembro, ainda sem data definida –, mas apenas três assumem, por enquanto, interesse no cargo: Juarez Tudo Azul (sem partido), Oswaldo Camargo (PL) e Pastor Ivanildo (PSB).

Embora as propostas de governo não sejam muitas, há pretensões inovadoras dentre os candidatos. É o caso do vereador Camargo, que pretende ser um “elo entre a bancada de sustentação e oposição”. “Eu quero abrir um leque entre os vereadores, para que não haja tanta discussão na hora de votar um projeto.”

Segundo o liberal, o processo adotado hoje na Casa, onde os projetos do Executivo são discutidos apenas com a sustentação, deverá ser extinto. “Após ser discutido com o Executivo, uma cópia do projeto deveria ser encamihado à oposição para que tome conhecimento.” Segundo ele, a iniciativa proporcionaria o aprimoramento das propostas. “E elas poderiam ser votadas com igualdade, de forma mais justa”, acredita.

Embora já apresente sua “proposta de campanha”, o parlamentar não critica a atual gestão de Laurentino Hilário (PSDB). “Ele tem conduzido bem os trabalhos, mas cada um tem sua maneira de administrar”, pondera. Sem citar nomes, Camargo garante ter o apoio de seis parlamentares.

Também assumindo sua candidatura, Pastor Ivanildo pretende dar continuidade ao trabalho de Hilário. Segundo ele, a prioridade em um possível mandato seria o andamento do projeto de construção do anexo da Câmara – ainda em processo de licitação –, que deverá comportar 27 gabinetes e duas salas de reunião. “É um projeto muito amplo, por isso teríamos de destacá-lo”. Sua idéia é de, se eleito presidente do Legislativo de São Bernardo, criar uma comissão de parlamentares para acompanhar a obra.

Mesmo que não conquiste a presidência da Casa, Ivanildo se diz satisfeito com qualquer outro cargo na Mesa Diretora. “Porque é meu segundo mandato, quero participar mais”, justifica.

Já o primeiro-secretário da Casa, Tudo Azul, não ressalta nenhuma proposta para fortalecer sua candidatura. “O trabalho do Laurentino tem sido muito transparente, e eu daria continuidade a isso.”

Entretanto, por ter, segundo ele, um perfil mais apaziguador que o atual presidente, ele acredita que teria facilidade para lidar com os parlamentares e tocar os projetos da Casa. “Como a construção do anexo, que é um projeto importante”, completa.

Cotados – Outros nomes cotados para ser candidatos à presidência da Câmara são José Walter Tavares (PL) – que já foi presidente –, Amedeo Giusti (PV) e Cabrera (PSDC). Nenhum dos três admitem a pré-candidatura, mas comenta-se nos bastidores, entretanto, que eles já procuraram alguns colegas do Legislativo para pedir apoio, mas os três alegam ser muito cedo para pensar na eleição da Mesa Diretora.

Os três admitem, porém, que se houver o pedido do grupo pólítico se lançarão à empreitada.

A oposição, formada por quatro petistas, também deve concorrer, mas, por enquanto, o escolhido ainda não foi definido.