Cerca de 3.000 granjas e fazendas alemãs, obrigadas a suspender suas entregas por um escândalo de contaminação com dioxina, podem retomar suas atividades, anunciou neste domingo o ministério da Agricultura da Baixa Saxônia, o Estado regional mais afetado.

"Existem apenas 1.470 explorações suspensas de entrega de cerca de 4.400" iniciais, informou o ministério em um comunicado.

Em colaboração com as autoridades agrícolas, "foram recolhidos todos os dados disponíveis para fazer uma análise consistente" e "identificar as explorações cujos produtos podemos ter certeza de que não apresentam nenhum risco ao consumidor", disse o ministério.

No auge do escândalo, na sexta-feira, mais de 4.700 fazendas e granjas das cerca de 375 mil do país foram fechadas por precaução em oito dos 16 Estados regionais da Alemanha.

A imensa maioria dos locais afetados encontra-se na Baixa Saxônia (norte), onde a empresa Harles und Jentzsch entregou em novembro e dezembro gordura contaminada, destinada à fabricação de alimentos para animais, que originou o escândalo.

As dioxinas, resíduos da combustão, industrial ou natural, são classificadas como substâncias cancerígenas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Sua absorção em pequenas quantidades não constitui perigo imediato, mas o corpo humano tem dificuldade para eliminá-las.