A edição é um fac-símile ampliado (21cm x 28cm contra 17cm x 21cm do original), que chega às livrarias junto com a estréia na internet do site www.baraodeitarare.com.br, dois passos para resgatar a memória de um nobre das boas risadas e recolocar sua graça em circulação. A organização é dos designers José Mendes André e Sérgio Papi, responsáveis pelo projeto e pesquisadores da vida e obra do Barão.
Os dois trabalham com o acervo do jornalista e humorista Aparício Fernando Brinkerhoff Torelly (1895-1971), o Barão de Itararé, no IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) da USP. “O projeto pretende restaurar, digitalizar e disponibilizar on line o acervo do Barão. Queremos estimular fãs clubes a coletar material e tornar o IEB um ponto único de seu acervo”, disse Mendes.
Almanhaque é um trocadilho com os almanaques de variedades e A Manha, semanário de humor editado no Rio pelo gaúcho Aparício Torelly de 1926 até 1962 (entre períodos regulares e fechamentos pelos regimes autoritários) e assinado com o pseudônimo Aporelly, uma redução de seu nome, mais tarde reduzido ainda mais: A por L.
O Almanhaque para 1949 é uma versão cômica dos almanaques do século passado, com horóscopos, previsões, receitas, jogos e informações gerais, com material publicado também em A Manha. A linguagem é datada, mas o humor permanece atual.
Lançado em 1949, foi o primeiro de três. Os outros foram o Almanhaque para 1955 – Primeiro Semestre, lançado de fato em 1955, e Segundo Semestre, que só saiu em 1956. Os dois sairão até o fim do ano. Outra intenção é lançar as edições de A Manha em formato de livro. Um longa-metragem biográfico sobre o Barão, a cargo de Rubens Xavier, é outra etapa do projeto.
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