Para o presidente da Comissão Nacional da Pecuária do Leite da CNA, Rodrigo Alvim, o governo brasileiro deveria tomar medidas que interfiram na gestão da Parmalat, por meio de uma Medida Provisória ou outros mecanismos. “Esse é um problema social e não só econômico. O governo não entendeu a gravidade da crise", afirmou Alvim.
Outra reclamação dos produtores de leite é que os recursos de R$ 200 milhões em Empréstimos do Governo Federal (EGF) não estão sendo disponibilizados. O objetivo dos recursos, anunciados pelo Ministério da Agricultura na semana passada, é permitir que os produtores façam estocagem no período de entressafra, em que a produção é maior do que o consumo. “Até hoje só uma cooperativa conseguiu o empréstimo. O Banco do Brasil está exigindo garantias reais, sendo que a garantia é o próprio estoque. Além de querer comprar juros acima de 8,75%, a taxa de juros do EGF”, reforçou o presidente da Confederação.
Alvim também lançou a proposta para que o governo compre 2 mil toneladas de leite em pó de 15 cooperativas que receberam o produto como pagamento.
A CNA discutiu nesta quarta-feira os efeitos da crise da Parmalat e apresentou propostas à Comissão Especial da Câmara. Para a entidade, é preciso ser formado um comitê gestor de credores, com a inclusão de um advogado, um gestor administrativo, um representante de funcionários da multinacional, de produtores e cooperativas e um deputado.
Com Agência Brasil
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