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Indústria de queijo pede que ICMS caia para 7%
Do Diário do Grande ABC
08/11/1999 | 14:16
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A indústria de queijo está pleiteando junto à Secretaria da Agricultura do Estado de Sao Paulo uma reduçao do ICMS de 18% para 7%. Se o governo ceder, a produçao, projetada em 500 mil toneladas/ano, poderá ter um acréscimo de pelo menos 20% no primeiro ano e as vendas tendem a aumentar 15%. A análise é do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Sao Paulo, Carlos Humberto de Carvalho.

Os números mostram que o estado de Sao Paulo é o maior importador de queijo do país. "Cerca de 95% do produto consumido vem de outros estados, como por exemplo, Minas Gerais", afirma. Com a reduçao do ICMS, prevê, os preços cairiam estimulando as vendas. Além disso, acrescenta, o estado atrairia mais indústrias, aumentando a arrecadaçao.

O presidente do sindicato lembra que, depois que o governo concedeu, há três anos, diminuiçao do ICMS ao leite longa vida na mesma proporçao reivindica pelo setor queijeiro, o produto, que detinha uma participaçao de 5% nas vendas, passou aos atuais 60%.

O primeiro encontro com o secretário da Fazenda, Joao Carlos de Souza Meirelles com representantes do setor ocorreu há cerca de um mês. "Ainda nao temos agendado a próxima reuniao", afirma Carvalho.

Preços - O encarecimento da matéria-prima de até 25%, provocado pela variaçao cambial e seca atípica, somado à pressao dos preços dos queijos importados do Mercosul, derrubaram as vendas dos nacionais em torno de 10% entre os meses de janeiro e outubro sobre mesmo período do ano passado.

Os últimos dados de importaçao computados pelo sindicato revelam que nos primeiros oito meses do ano o Brasil importou menos queijo que no mesmo período de 1998. Foram 13.292.746 quilos de queijo e requeijao ante 16.439.168 quilos adquiridos no mercado externo no ano passado.

Segundo Carvalho, dos 21 bilhoes de litros/ano produzidos no Brasil cerca de 40% sao destinados aos fluídos e pasteurizados, 30% à produçao de queijo e o restante é absorvido pelo segmento de iogurtes e sobremesas", afirma.

A receita do setor deverá empatar com os R$ 10 bilhoes obtidos no ano passado. No primeiro semestre, afirma, os negócios estavam ligeiramente superiores aos registrados nos primeiros seis meses do ano passado. No segundo semestre, no entanto, o setor amarga queda nas vendas. "Um período compensará o outro fechando o ano empatado", diz.




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