O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, afirmou nesta quinta-feira que os bandos armados são a principal ameaça à segurança do país e acusou organizações humanitárias de países vizinhos de financiar os rebeldes.

"Não acredito que o problema sejam as milícias. Sabemos lidar com as milícias conhecidas e isto pode ser resolvido facilmente", disse Maliki à TV Al-Arabiya.

O problema "são os bandos, alguns nascidos nas milícias e outros compostos por criminosos soltos pelo regime precedente" que "fazem do terror sua moeda de vingança".

Maliki se referia aos milhares de presos libertados pelo presidente Saddam Hussein cerca de seis meses antes de sua queda, provocada pela invasão liderada pelos Estados Unidos.

Sobre a segurança na região de Bagdá, onde mais de 14 mil famílias, a maioria xiitas, foram forçadas a abandonar suas casas, Maliki comentou que o governo "criará unidades especialmente treinadas" para combater "a depuração étnica que ocorre em certos lugares em torno da capital".

Sobre o possível financiamento de países vizinhos aos rebeldes, o premier iraquiano declarou, sem citar nomes, que "confirma que existem nestes países instituições e outras forças que concedem apoio direto (aos rebeldes) sob a fachada de organizações de ajuda".

O Irã foi acusado recentemente pelas autoridades britânicas e americanas de apoiar a violência em Basra (sul), enquanto a Síria foi criticada pela passividade na repressão ao fluxo de combatentes estrangeiros em direção ao Iraque.