Política Titulo Troca em Mauá
Oswaldo deixa vice de Marcelo: 'Não quis concorrer sub judice e atrapalhar'

Ex-prefeito de Mauá cita problemas jurídicos como impeditivos para seguir como parceiro de chapa do vereador do PT; Celma Dias é indicada pelo grupo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/09/2020 | 13:46
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Denis Maciel/DGABC


Ex-prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT) confirmou que retirou seu nome da indicação para vice na chapa capitaneada pelo vereador Marcelo Oliveira (PT) na eleição à Prefeitura em novembro. "Tive alguns problemas na Justiça, não quis concorrer sub judice e atrapalhar."

No dia 2 de maio, o Diário, na coluna Cena Política, já havia mostrado que dentro do PT havia um debate sobre a substituição da vice de Marcelo. Prefeito por três mandatos (1997-2000, 2001-2004 e 2009-2012), Oswaldo teve alguns contratos públicos considerados irregulares pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), fato que já havia trazido problemas ao petista na campanha de 2018, quando ele tentou cadeira na Assembleia Legislativa - à ocasião, a candidatura foi barrada pela Justiça Eleitoral.

Oswaldo disse que seu grupo apresentou alternativa: sua mulher, a ex-primeira-dama Celma Dias (PT). "Estamos propondo o nome dela ao partido. A legenda terá reunião, vai decidir o que fazer. Vai ver se o nome dela é o ideal ou se vai abrir a disputa para um candidato de fora (da legenda). Como a convenção é dia 13, há tempo para debater", sustentou.

O nome de Oswaldo foi alçado à chapa de Marcelo na tentativa de dar robustez política ao único vereador do partido na cidade. Oswaldo virou a principal referência política do petismo em Mauá depois da saída do ex-prefeito Donisete Braga (PDT, pré-candidato ao Paço neste ano) e agregaria experiência ao projeto de Marcelo, que pela primeira vez concorrerá ao cargo de prefeito.

Sobre o cenário eleitoral, Oswaldo avaliou que o PT tem condições de retomar o Paço mauaense, mas que o quadro é imprevisível, ainda mais "pelo momento confuso que vivemos na política". "Estamos em um período de destruição da política, feita basicamente pelo governo federal, mas não só por ele. Há criminalização da política e uma desvalorização permanente da ação política. Não sabemos a consequência disso e qual o tamanho disso para cima do PT. É uma incógnita. Mas vejo que o PT tem tudo para chegar lá."

Por fim, o petista assegurou que estará na campanha, como militante. "Sempre fui em minha vida toda militante para todas as necessidades. Pregando as ideias e a luta por uma sociedade mais justa. Quer como candidato ou militante, vamos estar juntos, não tenho dúvida. Para mim é a mesma coisa. Continuarei ajudando, manifestando apoio ao Marcelo e ao vice que o partido escolher." 




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