Quase às vésperas do Réveillon, a Câmara de Mauá realiza nesta terça-feira a terceira sessao extraordinária durante a suspensao do recesso já enfrentando a possibilidade de ter o recesso suspenso mais uma vez até fevereiro. Os vereadores votam, em segunda discussao, os quatro projetos que foram aprovados durante esta semana. Mauá é a única cidade da regiao que ainda está em atividade.

Do pacotao com 18 projetos enviado pelo prefeito Oswaldo Dias, 12 foram rejeitados, um recebeu vistas por dez dias e outro tramita nas comissoes permanentes. Com as rejeiçoes, Dias sofreu a maioria derrota na Câmara desde que assumiu, em 1997.

Entre os quatro projetos que serao votados nesta terça estao o que estabelece um convênio de cooperaçao técnica com o Sesi, o de regularizaçao de parcelamento do solo e áreas ocupadas pela populaçao de baixa renda, o de abertura de crédito adicional especial para a cobertura de despesas com projetos educacionais e o de autorizaçao para o estabelecimento de acordo para parcelamento da dívida com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O vereador Manoel Lopes (PFL) disse que a Câmara aprova os projetos que trarao benefícios ao município. "O que nao podemos votar sao projetos como este do shopping que o prefeito quer doar área da cidade para empresário". O secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, disse que pretende estabelecer um diálogo com os vereadores para reapresentar os projetos que foram rejeitados "o mais rapidamente possível". Cassimiro nao descartou a hipótese de a administraçao levantar o recesso mais uma vez para a reapresentaçao desses projetos.

Rejeiçao - O prefeito sofreu na semana passada a sua maior rejeiçao desde que assumiu a administraçao em 1997. A grande derrota aconteceu porque Dias acabou perdendo os votos dos sete situacionistas que, somados com os dos oito oposicionistas, atingiram a maioria. Em quatro projetos, o prefeito perdeu até o voto do petista Miguel Lajarin.