A China se apresenta como o desafio político mais urgente para os Estados Unidos na Ásia, revelou o subsecretário de Estado para Ásia Oriental e Pacífico, Christopher Hill, que apresentará as propostas do Departamento de Estado para a região, informaram fontes do Congresso nesta terça-feira.

"A questão da China - o que a China é, o que a China será - é, provavelmente, uma das principais perguntas do nosso tempo", disse Hill, escolhido pelo presidente George W. Bush para o cargo.

Hill falou da preocupação com o programa nuclear da Coréia do Norte e outros assuntos regionais, que absorvem bastante tempo e recursos dos funcionários de Washington, mas garantiu que a China será, provavelmente, a verdadeira prioridade em longo prazo para os especialistas americano-asiáticos.

"Se não a entendemos, melhor que a entendamos", frisou Hill, atual embaixador de Washington na Coréia do Sul, durante sua audiência de confirmação na Comissão das Relações Exteriores do Senado americano.

Por outro lado, ele enfatizou as crescentes aspirações militares e econômicas de Pequim. "É um país com grande ambição, grande orgulho - um país que claramente tem um enfoque estratégico. Há países na África e outras partes que sentem o peso de seu novo poder internacional", disse aos senadores.

"Acho que podemos trabalhar com a China em uma série de aspectos onde nossos interesses convergem, mas acho que, em outras áreas, devemos ser muito claros e muito firmes", completou.

Uma das questões mais preocupantes, segundo ele, é a recente ameaça de Pequim a Taiwan, que "deve ser resolvida mediante meios pacíficos". "É, francamente falando, inconcebível recorrer aos meios militares para resolver isso", acrescentou Hill.