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‘Reloaded’ estréia em 350 salas do país
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
22/05/2003 | 20:22
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A partir desta sexta-feira, Matrix Reloaded estará em cartaz em cerca de um terço das salas brasileiras – ou 350 delas. É o blockbuster do ano e seu maior concorrente talvez seja a própria continuação da história, Matrix Revolutions, que estréia em novembro e promete dar fim à guerra entre homens e máquinas. Junto com Reloaded chega às prateleiras Enter The Matrix, considerado o game mais completo do mundo (custa R$ 110 em média), e daqui a dez dias, em 3 de junho, será lançada em vídeo e DVD a série Animatrix. Qual a explicação para o sucesso da franquia? Antes de Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss e Laurence Fishburne, os protagonistas que dão a cara para bater, estão os irmãos Wachowski, diretores e criadores da trilogia.

Ninguém tinha ouvido falar de Larry e Andy antes de Matrix (1999). Eles eram os típicos cineastas que batem de porta em porta para tentar convencer um estúdio a financiar seu projeto. No caso deles, a pasta que carregavam debaixo do braço continha o valioso roteiro da trilogia de Matrix. A Warner havia gostado do argumento – embora alguns produtores tenham confessado que nunca o entenderam – e estava disposta a investir no primeiro filme. Mas queria chamar um diretor prestigiado para isso, e não dois novatos de trinta e poucos anos com cara de nerds.

Os Wachowski não abriram mão da direção e, para convencer os executivos da Warner a colocá-los na cadeira principal, filmaram o cult Ligadas pelo Desejo com um orçamento apertado. O filme foi tão bem aceito que logo em seguida veio a carta branca e um cheque de US$ 60 milhões para realizar Matrix.

Reloaded e Revolutions tiveram o custo divulgado de US$ 300 milhões – e, segundo especialistas, o orçamento foi bem além disso. Os Wachowski tinham a missão quase impossível de superar o primeiro filme, um divisor de águas não só para o cinema, mas para outras tantas manifestações de arte. Os efeitos especiais eram sua principal preocupação e, só para esse departamento, foi destinado um terço de toda a bolada.

A história também está mais abrangente e mostra a tão citada Zion, única cidade habitada por humanos em um planeta dominado por máquinas. O local, escondido no centro da Terra, está prestes a ser descoberto por um batalhão de 250 mil sentinelas. Enquanto Morpheus (Fishburne) deposita suas esperanças em Neo (Reeves) e segue os conselhos do Oráculo (Gloria Foster), outros rebeldes desconfiam da missão do Escolhido, como o comandante Lock (Harry Lennix), e procuram novas saídas.

As cenas de luta foram ampliadas e Neo, agora controlando todos seus poderes, é capaz de lutar com 100 réplicas do agente Smith (Hugo Weaving). Segundo o ator, a preparação para Reloaded e Revolutions foi três vezes mais difícil do que para Matrix. Trinity (Carrie-Anne) também está mais ágil e mais forte e chega a lutar com um agente (no primeiro filme, ela limitava-se a correr quando visse um). Novos rebeldes entram no mano a mano, como a bela afro-americana Niobe (Jada Pinkett Smith), e o programador Link (Harold Perrinau). Não é coincidência Zion ser uma cidade basicamente composta de negros. É uma tendência genética, segundo pesquisa recentemente divulgada – e obviamente observada pelos Wachowski, que têm fama de ler tudo o que lhe cai nas mãos.




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