Os trabalhadores dos Correios decidiram, em assembleia virtual realizada na noite de ontem, entrar em greve por tempo indeterminado em todo o País. No Grande ABC, cerca de 1.200 funcionários estão com os braços cruzados em protesto contra a retirada de direitos, pela falta de medidas para proteger os funcionários em meio à pandemia do novo coronavírus e pela privatização da empresa.
“No ano passado, tivemos um julgamento no TST (Tribunal Superior do Trabalho) que manteve quase todo acordo coletivo, mas tirou os pais do convênio e aumentou a mensalidade, com validade de dois anos, só que, por volta de um mês depois, Dias Tofolli (ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal) concedeu liminar suspendendo a cláusula do plano de saúde e, com isso, a empresa promoveu aumento abusivo que fez milhares de trabalhadores saírem do convênio”, explicou José Luiz de Oliveira, diretor do Sintect (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo e Zona Postal de Sorocaba) responsável pelo Grande ABC.
Com isso, segundo Oliveira, os Correios entenderam que o acordo coletivo acabou em 1º de agosto e cancelaram 70 de 79 cláusulas da negociação coletiva da categoria. “Como não foi aceito, a empresa suspendeu o acordo e já cortou parte do vale-alimentação. A liminar está em julgamento no STF e, não fosse ela, nossa campanha seria só em 1º de agosto de 2021."
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