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Caso Waldomiro: Polícia Federal apreende documentos na sede da Caixa
Do Diário OnLine
Com Agências
12/08/2004 | 21:11
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A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira uma operação de busca na sede da CEF (Caixa Econômica Federal), em Brasília. O motivo da ação, que faz parte das investigações do caso Waldomiro Diniz, era apreender documentos referentes ao contrato do banco com a empresa Gtech, que presta serviços de processamento de dados para as loterias do país.

Waldomiro, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil da Presidência da República, é acusado de utilizar sua influência política para negociar com a Gtech a renovação do contrato com o governo federal. Em fevereiro, ele foi afastado do cargo após uma gravação de vídeo mostrar Waldomiro pedindo propina ao empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

De acordo com as primeiras informações, foram encontrados documentos e uma agenda de trabalhos do presidente da Caixa, Jorge Mattoso, e também do vice-presidente da instituição. Esta agenda teria informações importantes sobre encontros ocorridos em abril de 2003, quando foi renovado o contrato entre a Caixa e a Gtech.

Mattoso declarou que a Caixa Econômica Federal não tem "problemas em ceder os documentos". Ele revelou também que esta não é a primeira vez que o banco é alvo de uma blitz. A PF já entrou no início do ano com representação à Procuradoria Geral da República pela apreensão de documentos na sede da empresa. No entanto, não havia uma autorização legal da Justiça.

Segundo a Agência Brasil, Mattoso disse que o mandado de apreensão tem um "motivo político pré-eleitoral".

A operação foi comandada pelo delegado Antonio César Nunes, responsável direto pelas investigações do caso Waldomiro. Ele contou com o respaldo de uma autorização expedida pela juíza Maria de Fátima Paula Pessoa Costa, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília.

No entanto, no início da noite, a juíza Maria de Fátima Pessoa Costa determinou no início da noite que a PF (Polícia Federal) devolva parte de documentos que, segundo ela, teriam sido recolhidos de maneira equivocada. A ordem da juíza foi expedida somente depois do banco reclamar formalmente que discos rígidos de computadores teriam sido apreendidos, mas não constavam na ordem de busca inicial.




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