A reforma tributária somente será votada na quinta-feira se houver acordo, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), nesta manhã. Ele explicou que esta quarta será um dia de negociações com a Comissão, os líderes e os governadores para definir se a reforma será votada mesmo."Vamos levar em consideração a opinião dos governadores e do setor produtivo, por isso estou tomando a cautela de pedir um tempo maior", afirmou.

Ao comentar as críticas feitas à reforma tributária referente ao aumento da carga de impostos, João Paulo disse que o relatório apresentado pelo deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não prevê aumentos. "Até agora, pelo relatório que eu li, não há aumento de impostos, contudo, se houver, a Câmara vai ficar com muito mais cautela do que teve até hoje", afirmou.

Em resposta, o vice-líder Beto Albuquerque (PSB-RS) disse que o governo pode sim votar nesta quinta-feira o relatório. Segundo ele, João Paulo é presidente da Câmara, e não da comissão. Segundo ele, "o relatório de Virgilio deve ser aprovado na íntegra e incluir uma proposta de prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus".

Sobre as votações no plenário da Câmara, João Paulo informou que nesta quarta o plenário dará continuação à votação do Programa Primeiro Emprego e serão apreciados nove destaques ao texto. "Vamos oferecer à sociedade e ao governo um instrumento que poderá efetivamente ajudar o jovem a melhorar de vida", disse.

O deputado acrescentou que, após a votação do segundo turno da reforma da Previdência, provavelmente na terça-feira, o plenário vai avaliar a Lei de Falências.