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França é acusada de ocultar efeitos de testes nucleares na Polinésia
Da AFP
28/10/2005 | 21:11
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Níveis inesperados de contaminação por radiação estão sendo registrados na Polinésia francesa quase uma década depois que a França terminou seus testes nucleares no atol de Mururoa, denunciou neste sábado (hora local) o presidente do território, Oscar Temaru.

Mais de cinco pessoas por dia estão sendo mandadas para hospitais particulares na Nova Zelândia para diagnóstico e tratamento, pelo que podem ser doenças ligadas à radiação. Nesse sentido, Temaru acusou a França de esconder as conseqüências sanitárias e ambientais destes procedimentos, informou a agência Christchurch Press.

"Temos muitos problemas de saúde", completou, enquanto voava para a Nova Zelândia com a primeira-ministra desse país, Helen Clark, após participar do Fórum do Pacífico, em Papua Nova Guiné.

A França fez 41 testes nucleares atmosféricos sobre os atóis de Mururoa e Fangataufa entre 1966 e 1974, seguidos de 134 testes subterrâneos nos mesmos locais entre 1975 e 1991. Outros oito foram realizados entre 1995 e 1996.

Uma comissão instalada por Temaru para investigar as conseqüências dos testes nucleares divulgará seu relatório no próximo mês. O presidente Temaru destacou que o Ministério da Defesa francês se recusa a cooperar e mantém documentos secretos em Paris. "Precisamos de uma organização neutra que venha ao Taiti, e a França deveria abrir esses arquivos secretos", insistiu.




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