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Volpi e líder na Câmara não entram em acordo e projeto fica estagnado
Orlando Müller
Do Diário do Grande ABC
16/06/2009 | 07:33
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Andréa Iseki/Nário Barbosa


Por conta de um desentendimento entre o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), e o líder do governo na Câmara, Gerson Constantino (PV), desde 30 de março está parado no Legislativo o projeto de lei que diminui a distância mínima entre postos de combustível na cidade.

"Não existe alegações claras para a alteração por parte do Executivo, o autor da propositura", justifica Constantino. "Sempre que um projeto não está muito claro, negociamos. Não há necessidade de levar para votação, criando-se assim um desgaste com uma possível desaprovação", completou.

Volpi não vê motivos para discussão. "Se mandei algum projeto para a Câmara, foi porque achei necessário. Não penso em conversar para mudar ou anular o que já foi proposto", afirmou.

E ainda acrescentou. "Temos uma democracia que já permite a todos os vereadores, independente se é líder ou não, de votar contra ou a favor de uma propositura. A minha vontade é que o projeto seja votado logo."

Segundo Constantino, a razão pela qual a cidade precisa de mais postos apresentada pelo Executivo não é consistente. "Ainda temos áreas vagas para a instalações de novos estabelecimentos. O Centro Alto da cidade, por exemplo, tem apenas um posto", declarou. "Além de tudo, não vejo filas ou congestionamento nos postos já existentes, que justifiquem a mudança na lei".

Até junho de 2005, o espaço mínimo até dois estabelecimentos era de 1,5 quilômetro. Atualmente, a distância entre os postos é de 200 metros, mas Volpi quer diminuir pela metade.

Justificativa - A explicação do prefeito é que há 20 anos a cidade tem os mesmos 15 postos e a quantidade de veículos aumentou. Segundo o prefeito, o dinheiro arrecadado com o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) nos últimos oito anos, triplicou. "Levando em consideração essa proporção, há 20 anos, o valor referente ao imposto sobre veículos era, pelo menos, dez vezes menor, porque a evolução da frota era menor. O que indica que o número de carros era também muito inferior."

O projeto está na Ordem do Dia da sessão de hoje, mas, segundo Constantino não está definido se irá para votação ou será mais uma vez adiado. (Supervisão Raphael Ramos)




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