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Suprema Corte dos EUA rejeita apelação dos pais de Terri Schiavo
Da AFP
24/03/2005 | 20:46
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A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira o pedido para que sejam religados os tubos de alimentação e hidratação que mantêm Terri Schiavo viva. Assim, esgotam-se as instâncias legais para que os pais dela, Bob e Mary Schindler, recorram para impedir sua morte.

Nesta quinta-feira Terri entrou em seu sexto dia sem alimentação e hidratação. Cristãos protestaram durante todo o dia nas portas do Hospital e da Suprema Corte, mas nada adiantou.

Ela vive em estado vegetativo desde 1990, quando sofreu uma parada cardíaca que lhe causou um grave dano cerebral. Os tubos da paciente foram desligados por decisão da Justiça, que atendeu a um pedido do marido e tutor legal dela, Michael Schiavo.

Segundo Michael, sua mulher não queria ser mantida viva artificialmente. Já os pais de Terri acreditam que ela poderá melhorar com tratamento adequado. Na noite de quarta-feira, do lado de fora da clínica onde Terri é mantida, Mary Schindler fez um apelo. "Por favor, senadores, pelo amor de Deus, estou lhes implorando, não deixem minha filha morrer de sede", disse.

O Senado do Estado da Flórida, onde Terri vive, recusou na tarde de quarta, por 21 votos contra 18, uma medida que poderia proibir o desligamento de aparelhos de alimentação de pessoas em estado vegetativo permanente, caso elas não deixem instruções escritas para seu tratamento.

Diante da decisão estadual, grupos contrários à eutanásia pediram a intervenção urgente do governador da Flórida, Jeb Bush, para decretar o religamento dos tubo de Terri.

Para Jeb Bush, ela pode estar mais consciente do que se acreditava até agora. "O exame de um neurologista indica que pode haver um erro de diagnóstico no caso de Terri, e é provável que ela se encontre em um estado de consciência mínima, e não em estado vegetativo permanente", disse o governador.

Os médicos já afirmaram que Terri se encontra em um estado vegetativo permanente e praticamente não há chances de uma futura recuperação. Segundo eles, a paciente pode levar até duas semanas para morrer, após a retirada do tubo de alimentação.

Brasil - No Brasil, a eutanásia ('morte serena') é considerada homicídio.




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