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PE: 8 pessoas sao seqüestradas durante assalto a banco
Do Diário do Grande ABC
10/12/1999 | 19:21
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Cerca de dez homens seqüestraram, na manha desta sexta-feira, os familiares e as empregadas domésticas do gerente e do subgerente da agência do Banco do Brasil (BB) em Arcoverde, a 269 quilômetros do Recife. As oito vítimas deveriam ser liberadas com a entrega de todo o dinheiro guardado na agência. No entanto, contrariando as orientaçoes dos seqüestradores, o gerente José Roberto Morais, 40 anos, avisou a polícia ao invés de limpar o cofre do banco. Ele nao sabia que os criminosos haviam colocado um microfone e um transmissor escondidos na roupa do subgerente Hermano Cícero Ferreira Bringel, 40 anos. Através desse equipamento, os seqüestradores monitoravam toda a operaçao.

As polícias de Pernambuco, Alagoas e Paraíba foram mobilizadas na busca dos criminosos e dos seqüestrados, as mulheres, filhos e domésticas dos dois bancários, que só foram encontrados no fim desta tarde. O delegado Antônio Cândido, responsável pelo caso foi buscá-los acompanhado de um advogado do Banco do Brasil. Os criminosos continuam foragidos, mas a polícia deteve um homem suspeito de ter participado da açao. Dois veículos utilizados pelos sequestradores também foram apreendidos

Para o delegado Cândido, que classificou a estratégia dos sequerstradores como inédita, o grupo é profissional. Eles usavam pistolas e uma metralhadora de pequeno porte.

Invasao - A açao dos criminosos teve início nesta quinta-feira à noite. Por volta das 22h30, os sequestradores invadiram a casa do subgerente Hermano Bringel e fizeram todos que se encontravam na casa reféns. Pela manha, às 7h40, a casa do gerente Morais foi invadida. Os bancários moram na mesma rua, no centro da cidade, porém, nenhum deles sabia o que estava ocorrendo com o outro.

O subgerente Bringel, sua mulher Socorro, 43 anos, os filhos do casal Amanda, 14, e Pedro, 12, e a empregada Cícera, 33, foram mantidos trancados no quarto do casal até às 4h30, quando a família foi levada para local ignorado. O gerente Morais foi obrigado a levar a mulher Maria da Conceiçao, 37, as filhas Patrícia, 7, e Isabele, 4, além da empregada doméstica Nice, 22 anos, de carro a um local nao divulgado, onde trocou de veículo e voltou para Arcoverde com a missao de pegar todo o dinheiro do banco. Ele seria contatado pelo celular para saber onde deveria deixar o dinheiro.

Morais foi direto à Polícia Militar que comunicou o caso imediatamente à Polícia Civil. Bringel pretendia fazer o que os seqüestradores mandaram e foi ao banco, onde aguardaria novas ordens, também pelo telefone celular. No entanto, em seguida chegou o gerente acompanhado da polícia.




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