Os ataques suicidas com bombas, em princípios desta semana, mataram e feriram dezenas de soldados, e os comandantes tomarao precauçoes contra atentados na capital chechena de Grozny e nas povoaçoes de Gudermes e Urus-Martan.

Esses centros foram reforçados com mais tropas, enquanto que os postos e quartéis militares em toda a república separatista foram fortalecidos com veículos blindados, cercas de arame e blocos de cimento armado.

Os combatentes chechenos dispararam 14 vezes contra posiçoes russas durante a noite, disse quinta-feira o porta-voz militar. Nao houve informes sobre baixas.

Os funcionários russos tentaram de evitar os ataques suicidas chechenos que o domingo mataram a 33 soldados e feriram a 84, em cinco ataques coordenados. Se informou que onze civis morreram.

Antes destes ataques, os funcionários haviam dito que a guerra estava quase ganha e que as forças russas poderiam reduzir a intensidade de suas operaçoes.

O presidente russo Vladimir Putin passou quarta-feira à noite uma reprimenda no ministro da Defesa, Igor Sergueyev, e no ministro do Interior, Vladimir Rushailo, por causa dos ataques em Mozdok, a povoaçao na fronteira com a Chechênia onde as forças russas têm seu quartel- general. ``Nada o releva de suas obrigaçoes como chefe da operaçao antiterrorista', disse Putin a Sergueyev durante a reuniao, transmitida pela televisao russa. ``Assim, cumpra com elas até que se lhe ordene o contrário'.

Em seguida, Putin se dirigiu a Rushailo, a quem a polícia está subordinada, que desempenhou um importante papel na operaçao militar. ``Devemos atuar com maior decisao, consistência e força', disse Putin.

Sergueyev e outros funcionários russos disseram que o êxito dos ataques se deve à falta de disciplina entre as tropas. Os repórteres confirmaram que viram muitos soldados bebendo e aceitando suborno.