Política Titulo
Renan diz que votou pela abstenção e segue no comando do Senado
Do Diário OnLine
13/09/2007 | 17:47
Compartilhar notícia


Em rápida conversa com os jornalistas nesta quinta-feira no Congresso Nacional, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não votou nem pela sua cassação nem pela sua absolvição na votação de quarta no plenário da Casa. “Meu voto foi pela abstenção”, assinalou.

No processo em que era julgado pela acusação de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve com a jornalista Mônica Veloso -, o peemedebista foi absolvido nesta quarta por 40 votos a favor dele e 35 contra, com seis abstenções.

Renan voltou a descartar a possibilidade de se afastar da presidência do Senado. “Felizmente, não estou cansado”, reiterou.

Apesar dos apelos feitos pelos partidos de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o peemedebista disse que continuará enfrentando os processos que correm contra ele no Congresso Nacional – hoje já existem mais três em andamento – sem sair do seu cargo.

De acordo com o senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos principais aliados de Renan no Parlamento, não há motivos para o colega deixar a presidência. “Ele teve votos do PSDB e do DEM”, disse, deixando claro que o parlamentar alagoano foi absolvido nesta quarta com alguns votos dados pelos senadores das próprias legendas de oposição.

Na semana passada, Renan havia sido considerado culpado pela Conselho de Ética da Casa e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas os processos se tornaram nulos com a absolvição no plenário.

Mais processos - No entanto, o presidente do Senado ainda será obrigado a enfrentar mais três processos, sendo que dois já estão tramitando no Conselho de Ética da Casa e o outro será enviado em breve pela Mesa Diretora do Senado ao colegiado.

No primeiro deles, cujo relator será o senador João Pedro (PT-AM), Renan é acusado de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e à Receita Federal. Em troca, a cervejaria teria comprado uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

Nos outros dois processos o senador por Alagoas é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para comprar meios de comunicação em seu Estado e de ter participado de um esquema que arrecadava propina em ministérios comandados pelo PMDB.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;