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Negociações são suspensas e PM mantém greve na BA
Do Diário OnLine
14/07/2001 | 20:20
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Os policiais militares grevistas não entraram em um acordo com o governo neste sábado e a greve continua na Bahia. A reunião marcada para discutir o novo piso salarial da categoria foi cancelada e as negociações suspensas no final da tarde deste sábado. O Exército faz a segurança na capital baiana.

Em reunião durante a madrugada, o governo aceitou libertar o tenente Everto Uzeda e o sargento Manoel Isidório de Santana, líderes do movimento presos há treze dias, revisar as 68 exonerações de grevistas e conceder um aumento imediato de 10% no piso salarial e nas gratificações. Em troca, 30% do efetivo policial deveria voltar às ruas.

Como os representantes dos grevistas não conseguiram convencer o número de necessário de policiais a voltar às ruas, houve um desentendimento com o governo, já que o número prometido não foi cumprido. Com isso, os três secretários indicados pelo governador César Borges (PFL) para discutir o aumento salarial se recusaram a seguir com as negociações.

Os grevistas reivindicam um piso salarial de R$ 1.200, contra os R$ 180 que recebem atualmente. O governo alega que um aumento maior que 10% comprometeria o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Durante a madrugada o clima de insegurança ainda tomou conta da capital baiana e do Interior do Estado. Criminosos saquearam o comércio e um policial teria morrido.

A população afirma que o Exército não foi visto nas ruas durante a madrugada, mas o comando do Exército, responsável pela segurança na cidade, afirma que 300 homens realizaram a segurança. Durante a tarde, o comando informou que 800 homens fazem o policiamento na capital baiana.

Neste domingo, novos reforços chegam ao Exército na capital baiana. Dezesseis carros blindados e tanques, além de 200 homens da brigada de infantaria irão integrar os mais de dois mil homens que fazem a segurança na capital.

Além de pedir aumento salarial, o tenente Manoel Isidoro de Santana disse que a categoria irá pedir um tratamento mais justo. Segundo ele, está sendo criada a Fundação pela Defesa dos Direitos Humanos dos Policiais e Bombeiros da Bahia.

Juazeiro — A festa que comemoraria o aniversário de Juazeiro, marcada para este final de semana, foi cancelada. O motivo é o clima de insegurança com a greve das polícias civil e militar.

Rebelião – Os seis agentes penitenciários que estavam mantidos como reféns pelo amotinados no Conjunto Penal de Feira de Santana, que abriga 585 detentos, foram libertado na tarde deste sábado com o término da rebelião. Os agentes estavam poder de 545 presos desde a última quinta-feira.




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