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PT suspende deputado federal eleito preso pela PF
Do Diário OnLine
23/11/2006 | 20:09
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O PT de Minas Gerais resolveu suspender no ínicio da noite desta quinta-feira o deputado federal eleito Juvenil Alves, 47 anos, que foi preso durante a manhã pela PF (Polícia Federal) acusado de ser um dos integrantes de uma quadrilha especializada em cometer crimes financeiros.

A Operação, batizada como Castelanha, desarticulou uma organização criminosa especializada em crimes financeiros, com sede em Belo Horizonte. Além dele, foram detidas outras 11 pessoas. Segundo a PF, a quadrilha teria causado prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Em nota, o PT mineiro afirmou que a decisão de afastar de forma preventiva e temporária o deputado foi tomada com o aval de Marco Aurélio Garcia, presidente do partido. Juvenil foi eleito com 110.651 mil votos.

“A Direção reafirma surpresa com o acontecimento, dada a recente filiação de Juvenil Alves ao PT, datada de setembro de 2004 e avalizada pela credibilidade e confiança de alguns membros partidários. A direção partidária tem notícia de que as investigações feitas até o momento pela Polícia Federal indicam procedimentos referentes à vida privada de Juvenil Alves”, diz o comunicado.

Quadrilha –
De acordo com a PF, os criminosos detidos  são acusados de fazer uso de empresas fora do país (off-shore), estabelecidas no Uruguai e na Espanha, para ocultar e dissimular valores e bens dos empresários brasileiros. Os  escritórios de advocacia investigados realizavam todos os trânsitos burocráticos das empresas envolvidas, tanto no exterior quanto no Brasil, além de constituírem empresas de fachada e contratar pessoas que nada tinham a ver com o esquema, os chamados 'laranjas', para atender a burocracia dos países.

Para a Operação Castelhana foram recrutados aproximadamente 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal. As ações acontecem nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas e no Distrito Federal. As prisões, buscas e seqüestros de bens foram deferidos  pelo  Juízo  Federal da Vara Especializada em 'Lavagem de Dinheiro' de Belo Horizonte. As prisões têm validade por cinco dias e a finalidade de garantir que testemunhas não sejam intimidadas e que provas não sejam ocultadas.




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