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Pedreiro é morto em bar de Sto.André
Sergio Campos
Do Diário do Grande ABC
03/11/2002 | 22:51
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O pedreiro Lorivaldo Soares de Souza, 35 anos, foi morto com três tiros por volta das 17h de sábado, no interior de um bar no bairro Centreville, em Santo André. O crime foi cometido pelo desempregado Cláudio Paixão, 27, que discutiu com a vítima e, mais tarde, retornou ao bar com uma pistola e atirou no pedreiro à queima-roupa. Paixão fugiu, mas foi preso duas horas depois e levado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) da cidade.

Segundo testemunhas que estavam no bar da rua Miguel Calmon, o desentendimento entre a vítima e o assassino começou por volta das 16h. Havia cerca de seis pessoas no estabelecimento, além da proprietária e de Souza, que já estava no bar havia 30 minutos. Ele tomava cerveja sentado em uma mesa, mas não estava bêbado, segundo testemunhas. Paixão chegou com o filho no colo e sentou em outra mesa, para também tomar cerveja.

Depois de dez minutos e sem motivo aparente, Paixão passou a dirigir ofensas ao pedreiro, sob a acusação de que Souza estava olhando muito para ele. Os dois discutiram em voz alta e à distância – cada um em sua mesa. O desempregado, então, levantou com o filho no colo, pagou a cerveja e foi embora. Mas, antes de sair, fez uma ameaça, ao afirmar que voltaria sozinho (sem o filho) para acertar as contas com o pedreiro.

Como o motivo da briga era banal, todos acharam que o desentendimento teria acabado ali. Mas Paixão foi até sua casa – próxima ao bar – para pegar uma arma (pistola 765). Ele deixou o filho com a namorada e voltou ao bar para se vingar.

Logo que chegou de volta ao bar, Paixão encostou a arma no rosto do pedreiro e disse: ‘Comigo não tem conversa. Eu mato mesmo!‘ Souza, então, segurou a pistola com as duas mãos para impedir que ele atirasse. No entanto, um tiro foi disparado e acertou seu ombro. “Como não conseguia disparar o gatilho novamente, Cláudio disse para Lorivaldo que podia soltar a arma que ele não iria mais atirar, que estava arrependido. Assim que o Lorivaldo soltou, o Cláudio disparou dois tiros em seu peito e fugiu”, disse uma das testemunhas.

Segundo o sargento Adriano Barsalobre, que prendeu o criminoso em uma viela próxima ao bar, Paixão era uma pessoa violenta e constantemente exibia a arma aos moradores locais e os ameaçava – sempre dizendo a mesma frase: ‘Comigo não tem conversa. Eu mato mesmo!’




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