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Incra exige libertaçao de reféns
Do Diário do Grande ABC
30/03/1999 | 17:45
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A direçao do Instituto Nacional de Colonizaçao e Reforma Agrária (Incra), em Brasília, nao vai negociar com o Movimento de Luta pela Terra (MLT) a desapropriaçao de quatro fazendas em Curionópolis, no sudeste do Pará, enquanto nao forem libertados os agrônomos Raimundo Maués e Manoel Carvalhal, mantidos como reféns desde segunda na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Curionópolis. A decisao do órgao foi comunicada na tarde desta terça aos deputados Giovanni Queiroz e Zequinha Marinho (PDT-PA) pela chefe de gabinete da presidência do instituto, Maria Oliveira. "Nós nao negociamos sob pressao", resumiu ela, segundo os deputados, que se ofereceram para ficar no lugar dos reféns enquanto o Incra providenciaria a ida a Curionópolis de três negociadores para resolver o problema.

Queiroz contou que desde segunda-feira à noite mantém contato com a direçao do instituto e com as lideranças dos trabalhadores que ocupam as quatro fazendas tentando encontrar uma soluçao, "Fica difícil com reféns no meio", acrescentou Marinho. Maria Oliveira disse aos deputados que o Incra tem uma aviao pronto para decolar de Brasília, levando seus negociadores mas exige que, primeiro, os reféns sejam soltos.

O presidente do Comitê pela Reforma Agrária de Curionópolis, do qual o MLT e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais fazem parte, José Luiz Dias da Rocha, garantiu que os reféns nao serao soltos. "O Incra valoriza mais sua arrogância que a vida de seus dois funcionários", afirmou Rocha, enfatizando que os agrônomos ficarao retidos por "tempo indeterminado".




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