O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira que atingiu sua meta do ano e ainda possui em caixa cerca de R$ 55 milhões para a implementação de equipes e de centros de atendimento do programa Brasil Sorridente. Segundo a coordenação do programa, o repasse desses recursos depende do envio de projetos municipais ao órgão federal.

A região Nordeste tem à espera o maior volume para aplicação em novas unidades, com a disponibilidade de R$ 27,6 milhões para investimentos. A região é seguida pelo Centro-Oeste (R$ 25,6 milhões), pelo Norte (R$ 15,2 milhões) e pelo Sul (R$ 1,8 milhões).

O Sudeste ultrapassou a previsão inicial em cerca de R$ 15 milhões. O montante permitirá que se aumente em 2 mil a quantidade de equipes de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família e que sejam implantados outros 160 CEOs (Centros de Especialidades Odontológicas.

"O Ministério da Saúde não atua sozinho. Para ampliar o programa, precisa que seus parceiros encaminhem seus projetos para a implementação de novas unidades do Brasil Sorridente. Nesse caso, depende que as prefeituras ainda não assistidas encaminham seus planos para o ministério", afirmou Gilberto Pucca, coordenador nacional da Saúde Bucal.

Os resultados do programa foram reconhecidos no ano passado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que, em seu relatório sobre as contas do governo ressalta "o incremento de 1.909 equipes de saúde bucal, totalizando 6,2 mil equipes em atuação (elevação de 45% em relação ao ano anterior), responsáveis pela cobertura de uma população de mais de 42 milhões de pessoas em dezembro de 2003".

Neste ano, o investimento total será de R$ 232 milhões, o que permitirá que se ultrapasse o número de 11 mil equipes e o de centros especializados deve chegar a 400 até o final de 2005.