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Presidente do COB diz que não vai reduzir investimento na preparação dos atletas

Paulo Wanderley Teixeira, afirmou que tem procurado economizar em vários segmentos, exceto no que diz respeito ao condicionamento dos competidores

23/06/2020 | 11:30
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A pandemia do novo coronavírus mudou a data dos Jogos de Tóquio-2020 e mexeu com a agenda de milhares de atletas pelo mundo, mas a promessa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é que, apesar de tantas alterações, o investimento no Time Brasil permanecerá o mesmo. Em entrevista ao Estadão, o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira, afirmou que tem procurado economizar em vários segmentos, exceto no que diz respeito à preparação dos atletas.

Nesta terça-feira, o esporte comemora o Dia Olímpico, por ser a data de fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em um momento inusitado. O fim de junho seria marcado pelas viagens rumo ao Japão e pela expectativa da disputa por medalhas. No entanto, agora é momento de dirigentes repensarem planejamentos e buscarem alternativas para que o adiamento dos Jogos em um ano não prejudique o rendimento dos competidores.

"Os valores olímpicos nos ensinam amizade, respeito, excelência, autoconfiança e solidariedade. Isso nos ajuda nesse momento não só aos atletas como também à humanidade. Vivemos um momento ímpar da nossa existência. Só uma pandemia e Guerras Mundiais conseguiram atrapalhar a realização de Jogos", disse Paulo Wanderley em entrevista por videoconferência.

A dificuldade com o adiamento impactou em várias áreas do COB. A entidade colocou funcionários em home office, não fez cortes na folha de pagamento e revelou que pretende realizar uma economia de até R$ 43 milhões com a readequação de finanças em outros segmentos. Mas esses cortes não vão atingir a preparação dos atletas. "Reestruturamos as áreas, renegociamos contratos e tivemos um contingenciamento que é saudável e que nos ajuda a não sofrer grandes problemas. Cortamos gastos em outras áreas, mas o foco, que é a preparação dos atletas, nós não mudamos", afirmou.

Um fator que contribuiu para o COB conseguir economizar sem prejudicar os atletas foi a própria remarcação da Olimpíada. Como a data só foi adiada em um ano e a cidade-sede foi mantida, isso possibilitou remarcar passagens aéreas e negociar com fornecedores sem graves problemas. "Não suspendemos programas de preparação olímpica. Nós continuamos vigilantes e renegociando contratos, seja de aluguel ou com fornecedores. Temos uma estrutura sólida para suportar esse maremoto", explicou.

O próximo passo do planejamento será organizar uma grande expedição brasileira rumo à Europa. O COB mapeou países onde a pandemia esteja em fase de desaceleração, como Portugal, e vai comandar a partir de julho o envio de atletas para cidades como Lisboa e Coimbra, onde vão realizar temporadas de treinamento. Uma preocupação será com o rodízio de esportistas, para evitar que um grande número de pessoas tenham de compartilhar as mesmas estruturas.

Segundo o presidente do COB, a pandemia não afetará a programação da entidade de realizar eleições no fim deste ano. "A eleição está prevista no estatuto. Não vou mexer uma vírgula nisso. O COI facultou aos comitês olímpicos nacionais que postergassem eleições, para quem tivesse algo marcado, mas nós manteremos a data", completou.




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